Presidente do TRE defende rigor na cota de gênero e apela às mulheres; “Não aceitem ser usadas”


Vladimir Chaves



A presidente do Tribunal Eleitoral da Paraíba, Agamenilde Dias, aconselhou às mulheres paraibanas a reagir a qualquer tentativa de fraude à cota de gênero nas eleições municipais de 2024. “Que a mulher não se deixe usar, que sua participação seja de verdade”, sentenciou a desembargadora.

A Justiça Eleitoral da Paraíba identificou e julgou 38 casos de crimes contra a cota obrigatória de participação feminina nas eleições de 2020. “Fizemos eleições suplementares, recontagem de quociente (...) Dissemos à sociedade que não vale a pena trazer a figura feminina de brincadeira, de fazer de conta com a candidatura laranja”, criticou, completando: “A mulher também não se pode deixar envolver por uma política de participação enganadora, ela tem que trazer a verdade à sua determinação de concorrer”.

Agamenilde transmitiu, também, um recado aos dirigentes partidários. “Não vale a pena contribuir para a fraude, e tentar driblar a legislação”. Ela defendeu punição para candidatos eleitos a partir da fraude à cota de gênero: “Concorreu, participou, e participando ele tem que arcar. É fazer o certo. Tenham cuidado, tenham atenção, prudência, não vale a pena trazer esse disfarce”.

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