Cresce 700% afastamento de policiais por questões psicológicas; projeto de Dinho cria Observatório da Saúde Mental


Vladimir Chaves



Nos últimos cinco anos, 272 policiais militares paraibanos precisaram deixar, temporariamente, a rotina de trabalho para tratamento de questões psicológicas, o que representou um crescimento de 700%. O Corpo de Bombeiros Militar registrou 50 afastamentos de servidores no mesmo período. Os dados da Segurança da Paraíba ainda mostram dez mortes por suicídio de servidores de órgãos operativos de segurança no estado.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado esta semana, aponta que, no Brasil, o ano de 2023 registrou que a taxa de suicídios de policiais civis e militares da ativa cresceu 26,2%.

Policial militar e preocupado com essa questão, o deputado estadual Dinho Papa-léguas (PSDB) decidiu apresentar na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) um projeto de Lei que cria o Observatório da Saúde Mental dos Policiais. Ele abrigará casos de violência contra policiais, casos de suicídio, surtos, problemas psicológicos, afastamento de trabalho por depressão e outras doenças psicológicas.

“Com base nesses dados, fica mais fácil a construção de políticas públicas para cuidado com esses profissionais. É importante que a Paraíba tenha uma atenção especial para esse problema vivenciado pelos policiais. o adoecimento mental é o primeiro estágio na triste e dramática situação que pode levar ao suicídio e precisamos evitar isso no nosso estado”, defendeu Dinho Papa-léguas.

Dados – Considerando apenas a Polícia Militar, o total nacional de suicídios nas corporações superou, em 2023, a soma dos registros de PMs mortos em confronto em serviço e fora de serviço. Foram 110 registros de suicídios, ante 46 casos de PMs mortos em confronto em serviço e 61 mortos em confronto ou por lesão não natural fora de serviço – 107 óbitos ao todo.

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