A fuga de capitais afeta
de maneira severa a economia nacional. Estima-se que, até meados de junho,
investidores estrangeiros tenham retirado 40 bilhões de reais do país,
colocando o desempenho da B3 na lanterna dentre as principais bolsas do mundo.
Em paralelo, outra forma
de desinvestimento tem gerado preocupação para a área econômica. Nos últimos
anos, muitos brasileiros decidiram deixar o país, levando consigo seu
patrimônio. As consequências negativas dessa movimentação são diversas para a
economia brasileira.
Dados da consultoria
especializada Henley & Partners revelam que, só em 2024, 800 brasileiros
com patrimônio mínimo de 1 milhão de dólares migrarão para o exterior – em
2023, foram 1100. O país aparece como o 6º que mais perde milionários, cujas
principais razões para a mudança são insegurança, altos impostos, oportunidades
de trabalho e negócios, qualidade de vida e aposentadoria.
No Brasil, poucos lugares
podem ser considerados seguros. Em qualquer canto, a tributação é alta. Além
das razões citadas, a instabilidade política é um fator preponderante para que
se tome a decisão de deixar o país. Neste aspecto, o Brasil deu e dá razões de
sobra para desconfiança.
A saída de recursos reduz
o capital disponível e restringe os investimentos em áreas importantes. Para o
governo, o efeito imediato é a perda de receita fiscal e a possível deterioração
da balança de pagamentos.
Com a redução dos
investimentos, menos empresas nascem, e a criação de postos de trabalho fica
limitada, prejudicando a geração de riqueza e o aumento da renda. Mais do que
isso, não é só o dinheiro que migra, mas pessoas com capacidade inovadora, que
investirão seu trabalho e intelecto em terras estrangeiras.
Os números são claros quanto ao momento crítico vivido pela economia nacional. Temos perdido diariamente oportunidades empreendedoras por conta da transferência de ativos para o exterior. Com os recursos, também deixam o país talentos que poderiam fazer a diferença aqui, inovando e servindo de inspiração para as novas gerações.
As consequências deste
movimento são graves no médio e longo prazo, comprometendo o crescimento do
país. Para sanarmos o problema, precisamos de reformas que proporcionem um
ambiente mais atrativo aos investimentos, com segurança jurídica, liberdade econômica
e, sobretudo, estabilidade política.
Editorial do partido Novo
0 comentários:
Postar um comentário