A médica e conselheira do
Conselho Federal de Medicina (CFM) pela Paraíba, Annelise Meneguesso,
participou nesta segunda-feira (17) de um debate no Senado Federal sobre
assistolia fetal, método recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
quando a gestação é interrompida acima de 20 semanas. O país acompanha com atenção as discussões na
Câmara Federal sobre o projeto de Lei 1904/24, do deputado Sóstenes Cavalcante
(PL-RJ) e outros 32 parlamentares, que equipara ao homicídio o aborto de
gestação acima de 22 semanas.
Annelise Meneguesso
apresentou um histórico sobre a interrupção da gravidez e pediu que os
parlamentares votassem sempre a favor da vida. “Hoje nós deveríamos estar
debatendo como acolher as vítimas de estupro e como facilitar o acesso dessas
meninas, adolescentes e mulheres aos serviços de saúde de forma precoce antes
da evolução da gestação, afim de reduzir os sofrimentos dessas pessoas. Peço a
todos os deputados e senadores que votem sempre a favor da vida”, disse.
Para Annelise, nesse
momento o movimento feminista deveria fazer uma defesa pelo fortalecimento das
políticas públicas em favor das mulheres e não do aborto. “Se realmente o
movimento representasse as mulheres empoderando-as, ao invés de estar induzindo
as mães a assassinarem os seus bebês no próprio ventre, estaria empenhado em
fortalecer políticas públicas de saúde, planejamento familiar de forma
responsável, educação sexual e segurança para essas mulheres, ampliando os
mecanismos de proteção tanto à mulher quanto as famílias”, frisou.
Segundo a médica, não tem
como defender a interrupção de uma vida e questionar assassinatos e genocídios.
“A partir do momento que violamos o direito do nascituro, com que autoridade
poderemos condenar atos de terrorismo ou de genocídio? Como iremos justificar a
defesa do futuro da humanidade se a vida nada vale?”, questionou Annelise.
Projeto – A Câmara dos
Deputados aprovou no último dia 12 de junho o regime de urgência para o Projeto
de Lei 1904/24. Os projetos com urgência podem ser votados diretamente no
Plenário, sem passar antes pelas comissões da Casa.
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