ELE NÃO MORDEU A ISCA


Vladimir Chaves


Por Sergio Junior

É certo que há um monte de (parafraseando Guerra Junqueiro) "funâmbulos da cruz" que se aproveitaram (e ainda o fazem) do momento apoteótico de Jair Bolsonaro no Brasil para "surfar" na onda do momento e ganhar alguma notoriedade.

Parte deles ainda está por aí fazendo críticas veladas ao presidente. Outra parte se debandou fazendo críticas pesadas e injustas, supondo que Jaír Bolsonaro foi covarde, amarelou para proteger Flávio Bolsonaro etc.

Porém, um olhar mais equilibrado, fará uma síntese lúcida e realista.

De fato, o acidente não foi a eleição de Bolsonaro. Até porque a avalanche dos girassóis que invadia os aeroportos do Brasil entre 2016 e 2018 era impossível de ser contida. O "acidente" foi a fusão da mão de Deus  com o "histórico de atleta" salvar a vida do Bolsonaro. Ele ter escapado não estava nos planos.

O que se seguiu após a indelével eleição de 2018, foi uma sucessão de armadilhas que eram colocadas no caminho do presidente, para provocar o impeachment dele ou a consolidação da narrativa do "golpe militar" a partir de uma ação mais ríspida que ele tomaria se fosse provocado.

Conhecido como reativo e pavio curto seria facilmente induzido ao erro. E tinha gente que, apesar de estar com ele no governo, nunca esteve de fato com ele em essência. Portanto, torcia para que acontecesse, almejando o substituir na tão desejada cadeira.

Seria preso como ditador e antidemocrático e, de tabela, abortaria a ascensão política do espectro genuinamente de direita no Brasil.

O Rodrigo Maia tentou de todos os modos. Até hoje me lembro das entrevistas com aquele jeito sínico de quem está preparando alguma coisa. O Careca lançou a isca mais perigosa, o indeferimento da indicação de Ramagem. Era praticamente impossível ele não cair. Ele não caiu.

Naquele 7 de setembro em que ele foi enfático no discurso, tudo se organizou para o incriminar como um agente político que incitava a violência política e que endossava "atos antidemocráticos". Ele fez aquela carta à Nação e deu um xeque mate. Mesmo se muita gente não entendeu até hoje.

Jair Bolsonaro governou um país de um lado, gerando a economia, fomentando a infraestrutura e o espírito patriótico no Brasil. Isto, enfrentando uma pandemia mundial, uma guerra e uma crise hídrica. Sem falar na quantidade de traidores que o abandonaram no meio da guerra, na tentativa de o enfraquecer.

Mas por outro lado, a batalha era bem mais difícil de ser vencida, era contra um sistema que queria a todo custo, o tirar do posto de presidente da República. E não apenas isso, queriam que ele fosse preso, humilhado. Ele e seus apoiadores. Como ficou comprovado na CPI, até as forças armadas, que gozavam da confiança do presidente e nossa também, não estavam com ele. Ainda bem que ele não tentou nada e ficou nas 4 linhas.

As armadilhas foram inúmeras, mas ele não caiu em nenhuma delas. Graças a Deus.

Parabenizo a Jair Bolsonaro pela resistência e pelo altíssimo poder de aglutinação e reprodução do ideal judaico-cristão, mas acima de tudo, o parabenizo por viver por tantos anos, conhecendo o ninho de cobras que há no âmbito político, cultural e jurídico no Brasil, sem se corromper.

Parabéns porque nós, somente através de você, poderíamos ter os olhos desvendados sobre o que sempre aconteceu nas entranhas do nosso país.

Agora, depois das revelações da existência da "máquina de moer" do sistema (Andreazza), com um poder imensurável de destruição de reputação, podemos a partir de sua incrível resiliência e seu espírito combatente mas estratégico, te alçar não maís ao posto de mito, mas de herói nacional.

Obrigado por não cair na armadilha.

Obrigado por quebrar o "aquário". Você é um gênio!

Do seu admirador, Sergio Junior.

Por Sergio Junior, texto publicado originalmente no perfil X (antigo Twitter) de @SERGIOJUNIOR79r

 

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