O Brasil continua sendo o segundo país do mundo com maior número de novos casos de hanseníase, de acordo com o boletim epidemiológico da doença de 2024, divulgado pelo Ministério da Saúde nesta semana. Em 2022, foram registrados em todo o mundo 174.087 casos novos da doença, e mais de 25 mil — quase 15% — foram detectados no Brasil.
Já no ano passado, de
janeiro a novembro, a pasta informou que houve um aumento de 5% no número de
casos, em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 19.219.
A hanseníase é uma doença
infecciosa causada por uma bactéria que tem atração pelo sistema neurológico e
também pela pele, conforme explica o dermatologista e presidente da Sociedade
Brasileira de Hanseníase (SBH), Marco Frade.
“Mas ela é uma doença
sistêmica, então ela envolve muita resposta imunológica. Inicialmente, na
grande maioria dos casos, nós vamos discutir muito sobre os sintomas
neurológicos, que é a perda da sensibilidade, porque como ela tem uma atração
aos nervinhos da nossa pele, a gente acaba perdendo a sensibilidade ao tato, a
dor, ao frio e ao quente”, explica.
A transmissão da doença
acontece principalmente pelas vias aéreas — secreções nasais, gotículas da
fala, tosse e espirro. A chance de um paciente em tratamento transmitir é muito
pequena e a maioria das pessoas que entram em contato com essa bactéria não desenvolve
a doença.
A hanseníase tem cura e o
tratamento, à base de antibióticos, pode levar até dois anos. O tratamento é
disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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