Projeto "Fazendo a Diferença" de 2023 supera expectativas ao levar educação ambiental a comunidades da Paraíba


Vladimir Chaves



Atuando pela primeira vez na Paraíba, o Projeto Fazendo a Diferença – iniciativa da Fundação Energia e Saneamento do Estado de São Paulo e patrocinada pela CTG Brasil para mobilização e transformação ambiental – levou técnicas ecológicas de saneamento para 198 participantes de duas comunidades rurais de Nova Palmeira, a 240 km da capital João Pessoa. Além de conhecimento, o projeto trouxe autonomia aos beneficiados, de acordo com Rafael Ferreira, coordenador do projeto.

“Esse ano, tivemos um resultado maior que todos os outros, porque conseguimos chegar em um ponto de multiplicação de conhecimento e continuidade das ações. Depois que fomos embora, eles ainda assumiram o compromisso de fazer mais”, comemora Rafael.

Entre 8 e 16 de outubro, o projeto esteve em duas comunidades rurais de Nova Palmeira e ofereceu, por meio de 8 oficinas práticas, diversas técnicas de tratamento sanitário de efluentes e aproveitamento eficiente dos escassos recursos hídricos do semiárido nordestino.

As técnicas de permacultura e criação de fossas ecológicas das oficinas foram rapidamente absorvidas pelas comunidades, pois alguns moradores já dominavam técnicas de construção de infraestrutura básica. A partir dos novos conhecimentos adquiridos, eles começaram a trabalhar na melhoria de sistemas sanitários da própria comunidade.

“Com a informação, o conhecimento e a técnica das nossas oficinas práticas, levamos soluções simples, baratas e sustentáveis que resolvem questões essenciais, como saneamento em locais remotos, e que causam grande impacto no dia a dia das pessoas”, explica Rafael.

Fazendo a Diferença

O projeto Fazendo a Diferença está no 4º ano de existência e já beneficiou comunidades rurais do interior de São Paulo e capital, além do Paraná, em edições anteriores. As cidades que já foram contempladas com o programa são, em 2020: Chavantes (SP), Ribeirão Claro (SP) e Carlópolis (PR), em 2021: Itaguajé (PR), Mirante do Paranapanema (SP) e São Paulo (SP) e em 2022: Ilha Solteira (SP) e Rosana (SP).

Segundo Rita Martins, diretora executiva da Fundação Energia e Saneamento, o objetivo do projeto é disseminar a educação ambiental em comunidades, por meio de práticas de consumo consciente de recursos, manejo de água, produção de alimentos e tratamento de resíduos sólidos com tecnologias ambientais de baixo custo,

“Queremos mostrar que as pessoas podem ser protagonistas em questões socioambientais. Para isso, compartilhar conhecimento e conscientização ambiental é essencial para criar impactos positivos na comunidade e meio ambiente”, comenta Rita.

A participação dos moradores e coordenadores do projeto será comemorada em um festival que acontece no dia 9 de dezembro. No encontro, será exibido um documentário sobre o projeto na região, com o depoimento das comunidades e as ações realizadas. O evento comemorativo vai contar com oficinas práticas de habilidades manuais, culinária e apresentações musicais conduzidas pelos próprios moradores.

Para o próximo ano, o objetivo é expandir as ações para todo o Brasil, adianta Rita. “Queremos levar o projeto para mais comunidades rurais e fortalecer a ideia de que é possível viver bem nessas localidades, com qualidade de vida e saúde.”

Sobre a Fundação Energia e Saneamento

Desde 1998, a Fundação Energia e Saneamento pesquisa, preserva e divulga o patrimônio histórico e cultural dos setores de energia e de saneamento ambiental. Atuando em várias regiões do Estado de São Paulo por meio das unidades do Museu da Energia (São Paulo, Itu e Salesópolis), realiza ações culturais e educativas que reforçam conceitos de cidadania e incentivam o uso responsável de recursos naturais, trabalhando nos eixos de história, ciência, tecnologia e meio ambiente.

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