Atuando pela primeira vez
na Paraíba, o Projeto Fazendo a Diferença – iniciativa da Fundação Energia e
Saneamento do Estado de São Paulo e patrocinada pela CTG Brasil para
mobilização e transformação ambiental – levou técnicas ecológicas de saneamento
para 198 participantes de duas comunidades rurais de Nova Palmeira, a 240 km da
capital João Pessoa. Além de conhecimento, o projeto trouxe autonomia aos
beneficiados, de acordo com Rafael Ferreira, coordenador do projeto.
“Esse ano, tivemos um
resultado maior que todos os outros, porque conseguimos chegar em um ponto de
multiplicação de conhecimento e continuidade das ações. Depois que fomos
embora, eles ainda assumiram o compromisso de fazer mais”, comemora Rafael.
Entre 8 e 16 de outubro, o
projeto esteve em duas comunidades rurais de Nova Palmeira e ofereceu, por meio
de 8 oficinas práticas, diversas técnicas de tratamento sanitário de efluentes
e aproveitamento eficiente dos escassos recursos hídricos do semiárido
nordestino.
As técnicas de permacultura
e criação de fossas ecológicas das oficinas foram rapidamente absorvidas pelas
comunidades, pois alguns moradores já dominavam técnicas de construção de
infraestrutura básica. A partir dos novos conhecimentos adquiridos, eles
começaram a trabalhar na melhoria de sistemas sanitários da própria comunidade.
“Com a informação, o
conhecimento e a técnica das nossas oficinas práticas, levamos soluções
simples, baratas e sustentáveis que resolvem questões essenciais, como
saneamento em locais remotos, e que causam grande impacto no dia a dia das
pessoas”, explica Rafael.
Fazendo a Diferença
O projeto Fazendo a
Diferença está no 4º ano de existência e já beneficiou comunidades rurais do
interior de São Paulo e capital, além do Paraná, em edições anteriores. As
cidades que já foram contempladas com o programa são, em 2020: Chavantes (SP),
Ribeirão Claro (SP) e Carlópolis (PR), em 2021: Itaguajé (PR), Mirante do
Paranapanema (SP) e São Paulo (SP) e em 2022: Ilha Solteira (SP) e Rosana (SP).
Segundo Rita Martins,
diretora executiva da Fundação Energia e Saneamento, o objetivo do projeto é
disseminar a educação ambiental em comunidades, por meio de práticas de consumo
consciente de recursos, manejo de água, produção de alimentos e tratamento de
resíduos sólidos com tecnologias ambientais de baixo custo,
“Queremos mostrar que as
pessoas podem ser protagonistas em questões socioambientais. Para isso,
compartilhar conhecimento e conscientização ambiental é essencial para criar
impactos positivos na comunidade e meio ambiente”, comenta Rita.
A participação dos
moradores e coordenadores do projeto será comemorada em um festival que
acontece no dia 9 de dezembro. No encontro, será exibido um documentário sobre
o projeto na região, com o depoimento das comunidades e as ações realizadas. O
evento comemorativo vai contar com oficinas práticas de habilidades manuais,
culinária e apresentações musicais conduzidas pelos próprios moradores.
Para o próximo ano, o
objetivo é expandir as ações para todo o Brasil, adianta Rita. “Queremos levar
o projeto para mais comunidades rurais e fortalecer a ideia de que é possível
viver bem nessas localidades, com qualidade de vida e saúde.”
Sobre a Fundação Energia e
Saneamento
Desde 1998, a Fundação
Energia e Saneamento pesquisa, preserva e divulga o patrimônio histórico e
cultural dos setores de energia e de saneamento ambiental. Atuando em várias
regiões do Estado de São Paulo por meio das unidades do Museu da Energia (São Paulo,
Itu e Salesópolis), realiza ações culturais e educativas que reforçam conceitos
de cidadania e incentivam o uso responsável de recursos naturais, trabalhando
nos eixos de história, ciência, tecnologia e meio ambiente.
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