Israel decretou o Estado
de Alerta de Guerra depois de ter sido alvo de um ataque do Hamas, que diz ter
disparado cinco mil rockets. O líder do braço armado do Hamas confirmou que o
grupo lançou uma nova operação militar contra Israel.
Numa rara declaração
pública, o líder do braço armado do Hamas, Mohammed Deif, disse que cinco mil
foguetes foram disparados contra Israel durante a madrugada, para dar início à
"Operação Tempestade Al-Aqsa".
"Este é o dia da
maior batalha para acabar com a última ocupação na Terra", disse Deif.
"Decidimos dizer basta", acrescentou, apelando a todos os
palestinianos para confrontarem Israel.
Enquanto as sirenes de
alerta soavam no sul e no centro de Israel, inclusive em Jerusalém, os
militares israelitas decretaram estado de alerta de guerra. O primeiro-ministro
Benjamin Netanyahu convocou uma reunião de emergência de autoridades de
segurança.
Numa mensagem dirigida aos
israelitas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o país está em
guerra e que o Hamas “pagará um preço sem precedentes”.
“Estamos em guerra e
venceremos”, afiançou.
O ministro da Defesa de
Israel, Yoav Gallant, disse que “o Hamas cometeu um grave erro ao lançar uma
guerra contra o Estado de Israel”, garantindo que os soldados israelitas “estão
a combater o inimigo em todos os locais”.
O exército de Israel
anunciou que "um número desconhecido de terroristas" da Faixa de Gaza
se infiltrou em território israelita e apelou aos residentes da região para
permanecerem em casa. O ataque, que durou mais de uma hora, provocou pelo menos
22 mortos e mais de 500 feridos, segundo avançou o Ministério da Saúde de
Israel.
Entre as vítimas está o
chefe do Conselho Regional de Shaar HaNegev, em Israel.
As imagens mostram uma
zona residencial em chamas, a 50 quilómetros a sul de Telavive. Há ainda alvos
atingidos nas cidades de Kfar Aviv e Rehovot. Em Jerusalém, também soaram as
sirenes de alarme.
Israel já mobilizou as
forças de defesa e começou uma contra-ofensiva, bombardeando pelo ar várias
instalações do Hamas na Faixa de Gaza, iniciando a operação "Espadas de
Ferro".
"Atualmente, dezenas
de aviões de guerra israelitas estão a atacar vários alvos pertencentes à
organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza", disse o Exército.
Centenas de palestinianos,
essencialmente mulheres e crianças, estão já a fugir da Faixa de Gaza por
receio de uma retaliação de Israel. Noutras zonas da Faixa de Gaza há também
festejos para celebrar o ataque em curso.
Os lançamentos ocorreram
após semanas de tensões ao longo da fronteira de Israel com Gaza e de pesados
combates na Cisjordânia ocupada por Israel.
O incidente de hoje é o
mais grave desde que Israel e o Hamas travaram uma guerra de dez dias em 2021,
com a comunicação social israelita a relatar tiroteios entre bandos de
combatentes palestinos e forças de segurança em cidades do sul de Israel.
Líderes europeus condenam
ataques do Hamas
A União Europeia condenou
os ataques do Hamas e manifestou “a sua solidariedade com Israel”, acreditando
que o país tem “o direito de se defender”.
"Condeno
inequivocamente o ataque levado a cabo pelos terroristas do Hamas contra
Israel. Isto é terrorismo na sua forma mais desprezível. Israel tem o direito
de se defender contra tais ataques hediondos", declarou a presidente da
Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa mensagem publicada na rede social
X (antigo Twitter).
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