Relator da CPI do MST rejeita negociata para amenizar investigações


Vladimir Chaves

Membros da CPI do MST e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) estiveram na residência oficial da Presidência da Câmara, Artur Lira, para articular a volta ao colegiado dos deputados opositores ao governo petista. O encontro, com articulação do presidente da Frente Parlamentar  Pedro Lupion (PP-PR), excluiu o relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP), por ser “muito duro”.

Desistir da convocação de Rui Costa (Casa Civil) e ‘negociar’ o relatório final são condições para a oposição retomar controle da comissão.

No entanto, se depender do relator Ricardo Salles, não vai ter o acordão: “eu não topo nada disso”, afirmou o deputado federal sobre as negociações.

Após convocar Rui Costa, o Planalto se moveu e articulou cinco trocas na CPI. Saíram deputados do União Brasil, PP, Republicanos e até do PL

As trocas fez a bancada governista subir de 22,8% para 79,6%.

Em nota a Frente Parlamentar tentou amenizar o impacto negativo da reunião afirmando que reconhece os esforços do presidente da CPI do MST e do relator Ricardo Sales. Confira a integra da nota:

NOTA OFICIAL – CPI DO MST DEVE SER RECOMPOSTA PARA ENCAMINHAR PROPOSTAS CONTRA A VIOLÊNCIA NO CAMPO E CRIMES DE INVASÕES NO BRASIL

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reconhece e apoia o esforço do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, deputado Zucco (REP-RS) e do relator, deputado Ricardo Salles (PL-SP), no combate às invasões criminosas de terras ocorridas desde o início de 2023. Desta forma, esclarecemos:

1. A reunião ocorrida nesta manhã na residência oficial do Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, na presença do Presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), e do presidente da CPI do MST, dep. Zucco, foi pautada pelo pedido de recomposição de membros da comissão, alterada na última semana por líderes partidários;

2. A FPA trabalha diuturnamente por meio de articulações e projetos de lei para inibir e acabar de vez com a insegurança jurídica no campo, com os crimes de invasões cometidos contra a população rural e pela garantia de uma reforma agrária justa, sem interferência de movimentos que corrompem as políticas públicas de Estado.

Estamos à disposição para qualquer esclarecimento adicional, respeitados os princípios de apuração jornalística e honestidade intelectual.

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