Em reunião para ouvir o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o movimento, deputado Ricardo Salles (PL-SP), acusou o MST de uma série de irregularidades.
De acordo com Salles,
testemunhos e documentos apresentados à CPI mostram abusos contra assentados e
privilégios de dirigentes. Além disso, o relator acusou o MST de se apropriar
de recursos públicos. "As narrativas trazidas aqui indicaram nominalmente,
factualmente, desvios de conduta não desprezíveis", ressaltou.
Ricardo Salles citou três
casos de violência que teriam sido relatados por ex-integrantes do MST à CPI.
Segundo afirmou, houve um episódio em Goiás em que um integrante do MST teve o
dedo amputado ao ser expulso de um assentamento. Na Bahia, um militante teria
sido retirado a chutes de dentro de sua área. Além disso, teria ocorrido mais
uma situação semelhante no Distrito Federal, de integrante expulso do
assentamento com violência.
Ricardo Salles, afirmou
ainda que relatório da Controladoria-Geral da União mostrou que associações e
cooperativas do MST receberam cerca de R$ 2 bilhões de reais do poder público
de forma irregular. Para isso, teriam utilizado CPF de associados e cooperados.
Ainda segundo o relator da CPI, a controladoria identificou a destinação R$ 2,8
bilhões para pessoas do movimento que não teriam direito de receber os
recursos.
Ricardo Salles assegurou
que em seu relatório vai apontar os autores dos desvios. Também garantiu que os
ex-integrantes do MST fizeram denúncias contundentes à CPI, “com nomes, datas e
fatos”.
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