A alíquota do novo imposto
sobre o valor agregado (IVA) criado pela reforma tributária do governo petista,
deve variar entre 20,03% e 30,7% — uma das maiores taxas aplicadas sobre o
consumo em todo o mundo. A conclusão é do mais recente Relatório de
Acompanhamento Fiscal (RAF), publicado nesta semana pela Instituição Fiscal
Independente (IFI).
A proposta de emenda à
Constituição da reforma tributária (PEC 45/2019) proposta pelo governo do PT, foi
aprovada pela Câmara dos Deputados e chegou neste mês ao Senado. O texto
aguarda relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) na Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ).
De acordo com a IFI, a
alíquota elevada do IVA “reflete o peso que os impostos sobre consumo de bens e
serviços já têm hoje no total dos impostos arrecadados em nossa regressiva
matriz tributária”. O documento destaca a importância de aprovação de uma
reforma que assegure a observância de princípios como equidade, simplicidade,
transparência, eficiência e neutralidade.
“O sistema tributário
brasileiro não atende plenamente a nenhum dos princípios característicos de um
sistema tributário simples, justo e eficiente. Fica, então, evidenciada a
natureza estratégica e inadiável da reforma tributária em curso no âmbito do Congresso
Nacional”, indica o texto.
A nova edição do RAF
analisa ainda a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central,
publicada neste mês após a redução da taxa básica de juros de 13,75% para
13,25% ao ano. De acordo com a IFI, a ata aponta para uma “melhoria do cenário
macroeconômico” e um “ambiente mais benigno para a inflação brasileira” medida
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“Embora tenha ocorrido
divergência sobre a magnitude do corte na taxa básica de juros, todos os
membros do Copom convergiram no sentido de que os avanços institucionais em
curso, particularmente, o arcabouço fiscal e a reforma tributária, e o
comportamento do IPCA, permitiam o início do ciclo de afrouxamento da política
monetária”, salienta o documento.
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