Apesar de o governo
federal alegar que tem atuado para aliviar o mercado automobilístico e,
consequentemente, combater as paralisações nas montadoras e a ameaça aos
empregos, o incentivo concedido à indústria de veículos não trouxe um alívio
significativo.
Após as fábricas
acelerarem a produção no mês de maio, quando aumentaram seus estoques em
antecipação aos descontos subsidiados pelo governo, as companhias beneficiadas
pela medida voltaram a interromper suas linhas de montagem.
A avaliação é que o melhor
a ser feito é manter o estoque atual, estimado entre 100 mil e 110 mil carros.
Esses veículos compõem o grupo de contemplados pelos bônus de R$ 2 mil a R$ 8
mil. No início deste mês, no entanto, o setor automotivo contava com 251,7 mil
veículos estocados em pátios de fábricas e concessionárias, dos quais 115 mil
unidades eram elegíveis para receber os créditos tributários autorizados pelo
Ministério da Fazenda.
A Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima que os descontos
governamentais não deverão durar mais do que um mês. É dito que o incentivo
será encerrado quando os créditos tributários, responsáveis pela redução de
preços, atingirem o montante de R$ 500 milhões.
Na terça-feira, 6, a
Hyundai interrompeu a produção do HB20 em sua fábrica em Piracicaba, interior
de São Paulo. Todos os turnos de trabalho, assim como os departamentos
administrativos, tiveram suas atividades suspensas por três dias, a fim de
adequar a produção à demanda futura. A produção na Hyundai só será retomada na
semana seguinte.
No estado do Paraná, a
Renault também suspenderá a produção de carros de passeio em São José dos
Pinhais durante toda a semana seguinte, apesar do preço da versão de entrada do
modelo Kwid, um dos veículos fabricados na planta, ter sido reduzido para R$
58.990 após um desconto de R$ 10 mil anunciado pela montadora francesa.
Durante essa semana de paralisação, aproximadamente 3.800 carros deixarão de ser produzidos, enquanto os trabalhadores aproveitarão suas férias coletivas.
A baixa também atinge
a a fábrica da General Motors (GM) em
Gravataí (RS). A partir de segunda-feira, 12, a empresa também vai parar por
dez dias. A fábrica responsável pela produção do Onix, o carro mais popular do
País será atingida pela paralisação.
Já em São José dos Campos
(SP), a GM desativará as linhas nas próximas duas semanas.
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