Entidades do setor alegam
que, sem normas para que as empresas não cometam irregularidades e sejam
acusadas de atuação ilegal, elas tiveram de paralisar as atividades
A revogação de decretos
que facilitavam o acesso a armamentos atingiu também o mercado de blindagem de
carros no Brasil. Representantes do setor dizem que a decisão do petista Luiz
Inácio Lula da Silva travou o serviço devendo provocar demissão em massa.
O decreto número 10.030,
de 30 de setembro de 2019, que trata da blindagem de carros era o mesmo que
regulamentava a venda e a autorização para a posse e o porte de armas de fogo e
foi revogado por Lula no primeiro dia de seu governo.
A blindagem de veículos,
assim como ocorre com a venda de armamentos, é monitorada pelo Exército.
Entidades do setor alegam que, sem normas para que as empresas não cometam
irregularidades e sejam acusadas de atuação ilegal, elas tiveram de paralisar
as atividades.
A derrubada das normas
sobre blindagem teria sido um equívoco por parte do governo, que não fez a
avaliação técnica com tempo hábil para entender o impacto da medida sobre o
setor de segurança privada, segundo a Associação Brasileira da Blindagem
(Abrablin).
A entidade espera que o
assunto seja objeto de novo decreto a ser publicado em algumas semanas.
“O que estamos pleiteando é celeridade na
análise para não causar prejuízos ao setor bem como às pessoas que buscam por
esta proteção, possam usufruir desta segurança”, disse a Abrablin, em nota.
Em entrevista, o presidente da entidade, Marcelo Silva, afirmou que o decreto foi mal redigido e quem está perdendo é a população e a economia nacional.
“Ficamos no mesmo pacote
das armas e pegamos a rebarba. A gente tem que trabalhar. Eles já entenderam
que estão errados e que cometeram um erro. Mas essa correção é que demora. Mas
tem que ser resolvido o mais rápido possível”, disse Silva.
A blindagem de veículos
bateu recorde histórico ao crescer 29,56% em 2022, quando 25.916 carros foram
blindados, contra 20.024 em 2021, segundo a Abralin.
O dado vai na contramão do
mercado geral de carros. Em 2022, as vendas caíram 0,7% na comparação com o ano
anterior, de acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea).
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