O segundo turno das
eleições presidenciais teve 570,4 mil votantes a mais que no primeiro turno.
Apesar da redução da abstenção, que caiu de 20,95% para 20,59%, a distribuição
dos eleitores faltosos não foi equilibrada entre os estados brasileiros.
Dezesseis unidades da federação tiveram redução da taxa de abstenção, enquanto
em 11 delas, houve aumento.
As abstenções recuaram
mais nos estados em que o presidente Jair Bolsonaro venceu do que nos estados
liderados por Luiz Inácio Lula da Silva na comparação do segundo turno com o
primeiro turno das eleições. Das 13 unidades da federação em que o presidente
da República e candidato à reeleição pelo PL venceu no primeiro turno, dez tiveram
redução das abstenções.
Na soma dessas 13 unidades
da federação (12 estados mais o Distrito Federal) que deram vitória a
Bolsonaro, o número de eleitores que foram às urnas no segundo turno aumentou
em 455,8 mil pessoas.
Os destaques foram os
estados de São Paulo, com 190,8 mil eleitores a mais votando no segundo turno,
Paraná (mais 71,7 mil), Rio de Janeiro (mais 63,7 mil) e Santa Catarina (mais
55,5 mil). Por outro lado, a abstenção subiu no Acre (menos 35,2 mil
eleitores), Roraima (menos 19,1 mil) e Mato Grosso do Sul (menos 5,4 mil).
Já nos 14 estados onde
presidente eleito, Lula, venceu no primeiro turno, a abstenção diminuiu em
apenas seis. No balanço desses 14 locais, o número de votantes cresceu 109,7
mil, ou seja, 346,1 mil a menos que nas unidades da federação onde Bolsonaro
liderou.
O principal destaque foi
Minas Gerais, com crescimento de 210,3 mil votantes no segundo turno. Também se
destacam a Bahia (mais 97,3 mil) e Pernambuco (mais 62,7 mil).
Dos outros oito estados
que tiveram aumento da abstenção, quatro ficam na região Norte, que teve menos
195,5 mil eleitores no segundo turno em relação ao primeiro turno. O Pará registrou
87,1 mil votantes a menos.
No Amapá, estado que teve
o maior aumento percentual da abstenção (7,66 ponto percentual, ao passar de
19,51% para 27,17%), 42,1 mil eleitores deixaram de votar. Foi também o único
estado onde ocorreu uma mudança no resultado final. No primeiro turno, o
vitorioso havia sido Lula. No segundo, foi Bolsonaro.
No Nordeste, onde Lula
venceu em todos os estados, cinco tiveram queda nas abstenções e em quatro,
aumento. O maior crescimento em número de faltosos na região foi observado no
Maranhão, com 65,6 mil eleitores a menos no segundo turno.
Nas zonas eleitorais do exterior,
onde Lula também venceu no primeiro turno, 5,9 mil pessoas a mais foram às
urnas no segundo turno.
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