Em um evento que reuniu
milhares de lideranças rurais de todas as regiões do país, o presidente da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou o
Brasil tem que se posicionar como líder mundial, que não há mais espaço para
corruptos e incompetentes na política e que está em “nossas mãos o destino do
país”.
O presidente da CNA abriu
o Encontro Nacional do Agro, evento que ocorreu na quarta (10) no Centro de
Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, com mais de 3,5 mil pessoas dos 26
Estados e do Distrito Federal, e a presença do presidente da República, Jair
Bolsonaro, de ministros de Estado, parlamentares e lideranças do setor
produtivo.
O evento foi organizado
pela CNA, Federações estaduais, sindicatos e associações do setor. Além de uma
extensa programação, foram apresentados os pontos preliminares do documento “O
que esperamos dos próximos governantes”.
Em seu discurso na
abertura do Encontro para um auditório lotado, Martins destacou que, pela primeira
vez na história, a CNA conseguiu fazer um evento em Brasília com representantes
do agro de todo o país, reunindo produtores, federações e sindicatos rurais de “Roraima
ao Rio Grande do Sul”.
Segundo ele, o mundo
inteiro vive a expectativa de o Brasil ser o primeiro e o mais seguro celeiro
do mundo e que é necessário o país assumir seu protagonismo global. “O Brasil
não pode mais ficar à revelia e tem que se posicionar como líder do mundo.
Temos consciência do nosso papel, mas podemos fazer muito mais pelo país, além
de produzir”, afirmou.
Contudo, o mais
importante, prosseguiu o presidente da CNA, é a disposição dos produtores em
sinalizar o desejo de mudar o país. “Vocês deixaram bem claro que não tem mais
espaço, nesse país, para uma equipe corrupta e incompetente e, muito menos, o
retorno de um candidato que foi processado e preso como ladrão”, disse Martins,
sendo aplaudido de pé.
Ainda de acordo com João
Martins, é preciso “coragem e determinação para eleger um Congresso responsável
e comprometido e um presidente que dê continuidade ao que estamos vendo hoje”,
acrescentou.
Neste contexto, ele
concluiu falando sobre a importância do setor para o crescimento do Brasil.
“Vamos voltar para casa sabendo que está em nossas mãos o destino do nosso país
e que podemos contribuir para fazer um país melhor”.
O presidente da República,
Jair Bolsonaro, discursou por uma hora e enumerou as ações de seu governo
nesses três anos e meio de sua gestão, incluindo iniciativas em favor do agro.
Ele também frisou que a agricultura familiar e o agronegócio “são uma só família” e lembrou, ainda, que os produtores não pararam na pandemia e que 1 bilhão de pessoas no mundo dependem da produção brasileira. Reafirmou, ainda, que os produtores brasileiros são os que mais preservam no mundo.
No início da cerimônia, o
diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, apresentou alguns pontos preliminares do
documento “O que esperamos dos próximos governantes”, que trará contribuições
do setor agropecuário aos candidatos à Presidência da República e aos parlamentares.
Já o ministro da
Agricultura, Marcos Montes, avaliou o Encontro Nacional do Agro como um fato
marcante diante da necessidade de mudar os rumos do país e entrar “na estrada
da esperança e do progresso”. “Precisamos continuar produzindo para o mundo não
passar fome. A sociedade está entendendo que somos um país não só do presente,
mas do futuro”.
O presidente da Frente
Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sergio Souza, falou sobre a
organização dos parlamentares ligados ao agro para obter avanços em pautas no
Legislativo como defensivos, licenciamento ambiental e regularização fundiária
para que o país continue gerando empregos e exportando para o mundo. “Isso
aconteceu principalmente por conta da sintonia com o Poder Executivo”.
Já a deputada federal
Tereza Cristina destacou o apoio integral do atual governo desde o início e que
os produtores formaram “um exército que produziu na pandemia para abastecer as
prateleiras dos supermercados”. Desta forma, completou, o setor precisará do
apoio do governo para o país crescer e se modernizar, e do Congresso Nacional
para promover as grandes reformas que o Brasil precisa.
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