Acordo Mercosul-Cingapura pode incrementar R$ 28,1 bi ao PIB do Brasil


Vladimir Chaves



O acordo de livre comércio entre o Mercosul e Cingapura pode representar um incremento de R$ 28,1 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil até 2041, estimou o Ministério da Economia. Segundo a pasta, no mesmo período, é esperado um aumento de:

R$ 11,1 bilhões nos investimentos;

R$ 21,2 bilhões nas exportações brasileiras para o país asiático;

R$ 27,9 bilhões nas importações.

Além do além do acordo com Cingapura, o Mercosul decidiu reduzir em 10% da tarifa externa comum (TEC). Em novembro do ano passado, o Brasil reduziu unilateralmente a TEC em 10%, aproveitando de uma exceção no regulamento do bloco que permite medidas do tipo para a “proteção da vida e da saúde das pessoas”. Em maio deste ano, após o acirramento da guerra entre Ucrânia e Rússia, o governo brasileiro conduziu uma nova redução de 10%, em diversos produtos.

A homologação da redução pelos demais países do Mercosul é vista pelo governo brasileiro um ato simbólico que fortalece a medida tomada por Brasília no ano passado. O Brasil não conseguiu, entretanto, que a segunda baixa de 10% da TEC fosse homologada por todos neste momento.

A abertura da reunião do Conselho de Mercado Comum contou com a presença virtual de autoridades do Ministério do Comércio e Indústria de Cingapura, que destacaram a conclusão das negociações com o Mercosul para a assinatura de um tratado de livre comércio, que deve ocorrer na reunião de chefes de Estado do bloco nesta quinta-feira (21).

Negociação entre Mercosul e Cingapura

As tratativas entre o Mercosul e Cingapura (ou Singapura) começaram em 2018. No ano passado, as exportações do bloco para o país asiático alcançaram US$ 5,9 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 1,25 bilhão. A expectativa é de que o acordo possibilite um incremento de US$ 500 milhões nas vendas do Mercosul para a ilha localizada ao sul da Malásia.

Por se tratar de um entreposto importante para o comércio no sudeste asiático, Cingapura é o sexto principal destino das exportações brasileiras, com US$ 939,360 milhões em embarques em junho, ou 2,88% do total vendido pelo país.

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