Os levantamentos da Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE apontam que o setor elétrico no
Brasil expandirá de forma significativa até o ano de 2026, com cerca de 241
usinas de produção de energia eólica e solar, que contarão com um investimento
total de R$ 34 bilhões.
A transição energética é
uma questão cada vez mais debatida e o abastecimento de energia elétrica no
país caminha para uma vertente ambiental significativa ao longo dos próximos
anos. E a prova disso é o estudo atual da CCEE em relação ao futuro do setor no
Brasil, que mostra que cerca de 241 novas usinas de energia produzida a partir
das fontes eólica e solar serão construídas no território nacional até 2026,
injetando quase 6 GW de potência no sistema elétrico, o equivalente a quase
metade da capacidade da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Todos esses dados foram
recolhidos considerando os últimos leilões de energia elétrica no país e os
projetos a passar pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para os
próximos 4 anos no mercado nacional.
Assim, o presidente do
Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, ressaltou a importância dos
investimentos em usinas de produção eólica e solar para a questão ambiental no
Brasil e afirmou que “A diversificação da matriz ajuda a reduzir a nossa
dependência da hidrologia e dos reservatórios de água, que ainda são os nossos
principais recursos de energia, e garante um maior conforto para enfrentar
impactos em tempos de mudanças climáticas”.
Projetos de construção de
usinas de energia renovável no Brasil serão prioritariamente instalados na
região Nordeste do Brasil, diz CCEE
Além de dar uma projeção futura para as 241 usinas de energia eólica e solar, os dados da CCEE também comprovam que esses projetos serão prioritariamente instalados na região Nordeste do Brasil. Mais especificamente, as usinas serão alocadas nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Piauí e Paraíba. Isso, pois essa é uma região que, historicamente, ficou conhecida pelos fortes ventos e a alta irradiação solar, contribuindo para uma boa produção desse recurso.
Dessa forma, com a
construção das novas usinas a CCEE espera que a capacidade instalada do país
passe de 27 mil megawatts para 33 mil megawatts e a estimativa é que essas
novas usinas ofertem juntas ao SIN (Sistema Interligado Nacional) cerca de 1.646 MW médios todos os anos. A
produção eólica no Brasil é a terceira maior fonte atualmente e possui 813
usinas, enquanto o mercado solar é mais recente e conta com 187 usinas.
Agora, o Brasil caminha
não só para um comprometimento ambiental crescente ao longo dos próximos anos,
mas também para uma diversificação da matriz energética do Brasil quanto ao
abastecimento elétrico do país, mantendo sua presença como líder mundial na
produção de renováveis.
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