Bolsonaro e Artur Lira criticam novo reajuste da Petrobras para gasolina e diesel


Vladimir Chaves


"O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobras em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais", disse o presidente Bolsonaro.

Ainda segundo o presidente o novo aumento do diesel pode provocar uma greve de caminhoneiros, podendo levar o Brasil a um caos.

"A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos. Seu presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo".

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também criticou o reajuste anunciado nesta sexta-feira e pediu a renúncia imediata do presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho.

"O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente", tuitou Lira. "Ele só representa a si mesmo e o que faz deixará um legado de destruição para a empresa, para o país e para o povo. Saia!"

Na última quarta-feira (15), a Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, fixando-a no patamar máximo de 17% a 18%, abaixo dos valores atuais aplicados pelos estados.

A medida tem o objetivo de reduzir o preço dos combustíveis para o consumidor, mas os aumentos da Petrobras podem anular os efeitos dessa desoneração. O texto aguarda sanção presidencial para entrar em vigor.

A nova investida da Petrobrás contra a economia do país foi de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel. O preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Já o diesel passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro.

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