O presidente da República,
Jair Bolsonaro, reuniu-se hoje (20) com o empresário e homem mais rico do mundo
Elon Musk, dono da Tesla e da Starlink. No encontro, eles conversaram sobre uma
parceria do governo brasileiro com a empresa de conectividade sub-orbital
Starlink.
De acordo com Musk, a
razão da visita é viabilizar a conexão de 19 mil escolas brasileiras usando o
sistema de satélites de internet. Além disso, a Starlink também auxiliará no
monitoramento ambiental da Amazônia.
O Ministro das
Comunicações, Fábio Faria, que também participou do encontro, disse que o
satélite da Starlink poderá contribuir com a preservação da floresta
monitorando os desmatamentos. “Os satélites dele ficam a 550 km da Terra. O
satélite pode nos informar que estava ali tendo uma serra eletrica e o governo
irá conferir se é um lugar onde esta tendo desmatamento legal ou ilegal”, disse
o ministro em entrevista coletiva.
Bolsonaro confirmou que os
satélites de Musk poderão auxiliar o governo federal na identificação das
queimadas. “Essa participação vai nos ajudar a preservá-la [a Amazônia]”,
disse.
O presidente afirmou ainda
que colocou à disposição de Elon Musk a base de Alcântara para ser usada pela
SpaceX, empresa aeroespacial também controlada pelo bilionário. "A base de
lançamento de Alcântara está disponível, como conversado entre ele e o
comandante da Força Aérea", afirmou Bolsonaro.
Além do monitoramento da
Amazônia, Musk também propõe oferecer internet de banda larga no país em áreas
rurais ou de difícil acesso. “E o sonho dele é ajudar na educação conectando as
escolas em áreas rurais”, disse o ministro Fábio Faria.
Esta foi a segunda reunião
entre Fábio Faria e Elon Musk. Antes, eles já haviam conversado sobre esse tema
em um encontro nos Estados Unidos.
Bolsonaro também conversou
com Musk sobre a compra do Twitter pelo empresário. "Terminei há pouco a
conversa com ele. O qualifiquei como o mito da liberdade após ele comprar o
Twitter. Isso demonstra a liberdade de imprensa que sempre defendemos, queremos
e desejamos. Liberdade total", disse o presidente.
Questionado se os
satélites não poderiam dar a Musk informações privilegiadas de interesse
nacional, Faria negou. "Os satélites estão lá, o que a gente está querendo
é que todas as informações que eles já têm, que eles possuem, que eles possam
dividir com o governo. Eles é que estão abrindo mão da soberania deles para
nós", explicou o ministro.
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