O Brasil acaba de
ultrapassar a marca de 14 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar
fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração
própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Com
isto, a fonte solar supera a potência instalada da usina hidrelétrica de
Itaipu, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (ABSOLAR).
De acordo com a entidade,
a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 74,6 bilhões em novos
investimentos, R$ 20,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais
de 420 mil empregos. Foi evitada ainda a emissão de 18,0 milhões de toneladas
de CO2 na geração de eletricidade.
Para o CEO da ABSOLAR,
Rodrigo Sauaia, o avanço da energia solar no País, via grandes usinas e pela
geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e
prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e
ambiental do Brasil. “A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia
elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de
ainda mais aumentos na conta de luz da população”, comenta.
“As usinas solares de
grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as
termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países
vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário
sobre os consumidores”, acrescenta Sauaia.
O setor espera um
crescimento acelerado este ano nos sistemas solares em operação no Brasil,
especialmente os sistemas de geração própria solar, em decorrência do aumento
nas tarifas de energia elétrica e da entrada em vigor da Lei n° 14.300/2022,
que criou o marco legal da geração própria de energia.
“Trata-se do melhor
momento para se investir em energia solar, justamente por conta do novo aumento
já previsto na conta de luz dos brasileiros e do período de transição previsto
na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores
que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023”, explica
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
O Brasil possui 4,7 GW de
potência instalada em usinas solares de grande porte, o equivalente a 2,4% da
matriz elétrica do País. As grandes usinas solares já trouxeram ao Brasil mais
de R$ 25,1 bilhões em novos investimentos e mais de 142 mil empregos
acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação de R$ 7,9 bilhões aos cofres
públicos.
Atualmente, as usinas
solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração do Brasil e estão
presentes em todas as regiões do País, com empreendimentos em operação em
dezenove estados brasileiros e um portfólio de 31,6 GW outorgados para
desenvolvimento.
Ao somar as capacidades
instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte
solar ocupa o quinto lugar na matriz elétrica brasileira. A fonte solar já
ultrapassou a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros
fósseis na matriz elétrica brasileira.
Segundo Koloszuk, além de
competitiva e acessível, a energia solar é rápida de instalar e ajuda a aliviar
o bolso dos consumidores, reduzindo em até 90% seus gastos com energia
elétrica. “Energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o País recuperar
a sua economia e conseguir crescer. A fonte solar é parte desta solução e um
verdadeiro motor de geração de oportunidades e novos empregos”, conclui o
presidente do Conselho.
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