Os deputados estaduais
aprovaram nesta terça-feira (23) o projeto de Lei 2.738/2021, de autoria do
deputado Jutay Meneses (Republicanos), que garante fisioterapia de reabilitação
para mulheres que tiveram que retirar a mama na Paraíba, visando a prevenção e
a redução de sequelas decorrentes do processo cirúrgico. O direito se aplica a
todas as mulheres que comprovarem ter se submetido a cirurgia de mastectomia em
unidade pública de saúde, com ou sem esvaziamento axilar.
“Tão importante quanto a
cirurgia, a intervenção psicológica e fisioterapêutica na pós-mastectomia são
essenciais para a prevenção e redução de sequelas. Essas iniciativas são
fundamentais para que a mulher se recupere e volte a ter uma vida normal”, disse
o deputado Jutay Meneses.
Estatísticas do Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) estimam 1.120 casos de
câncer de mama por ano na Paraíba. No Brasil, são 66.280 ocorrências da doença
em mulheres. A falta de diagnóstico precoce e a demora no acesso a consultas, exames,
biópsia e tratamento tem levado muitas mulheres a detectar e tratar tardiamente
o câncer de mama. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), 70% das
pacientes diagnosticadas com a doença precisam recorrer à mastectomia para
salvar suas vidas.
De acordo com o projeto, a
fisioterapia de reabilitação será realizada de acordo com o quadro clínico de
cada paciente, cabendo aos profissionais de saúde definir que técnica de
intervenção terapêutica será aplicada, bem como o número de sessões a serem
ministradas. O Poder Público poderá regulamentar a lei, inclusive celebrar
parcerias ou convênios com os municípios, com o objetivo de ampliar a rede de
atendimento fisioterápico para as mulheres mastectomizadas.
Entre as complicações mais
comuns enfrentadas pelas pacientes após a mastectomia está o desenvolvimento de
profunda tristeza; isolamento social; ausência de autoestima e sensação de
deformação física pela perda de um membro do seu corpo. Elas também enfrentam
desenvolvimento de acúmulo de líquido linfático no tecido adiposo de membro
superior; perda de mobilidade no ombro e limitação no uso funcional de braço e
mão.
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