Para implementar o Novo
Ensino Médio, que começa no ano que vem, o Ministério da Educação (MEC) vai dar
apoio técnico e financeiro às escolas de ensino médio e a integração entre as
instituições de ensino superior, setor produtivo, escolas e secretarias de
educação. As ações fazem parte do Programa Itinerários Formativos, lançado na
semana passada pelo MEC.
O acesso ao Programa será
por meio da adesão das secretarias de educação, que devem se cadastrar no
Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do MEC (Simec) até 14
de outubro. As escolas também devem confirmar a participação por meio do
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Interativo no período entre 15 e 28
de outubro. O programa deve chegar a 15 mil escolas de todo o país.
“O lançamento desse
Programa Itinerários Formativos não vem apenas com uma teoria. Em termos
práticos, nós temos uma demanda financeira que vai auxiliar as escolas que foram
selecionadas e vão poder servir como pilotos”, ressaltou o ministro da
Educação, Milton Ribeiro.
O programa possui quatro
eixos temáticos:
Apoio Técnico e Financeiro
às Escolas: prevê adesão e seleção de escolas pelas secretarias e repasse de
recursos via Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), para elaboração e
execução de Propostas de Implantação de Itinerários Formativos;
Apoio à Implementação das
Escolas-Modelo: visa promover modelos de oferta do Novo Ensino Médio e tem como
foco a articulação entre os participantes do programa;
Integração das Redes: tem
por finalidade o fortalecimento das estratégias de aprendizagem, visando
ampliar as possibilidades de oferta de diferentes itinerários e unidades
curriculares; e
Monitoramento e Avaliação:
vai realizar estudos e avaliações junto às redes de ensino para avaliar a
implementação do Novo Ensino Médio, assim como identificar e disseminar boas
práticas.
“Não mediremos esforços
para o sucesso do Novo Ensino Médio brasileiro pois ele reflete o desejo de boa
parte da sociedade que se preocupa com o crescente número de estudantes que, ao
completar o atual ensino médio, seguem sem perspectiva, nem trabalham, nem
estudam. Nosso compromisso está em dar possibilidade de integração entre um
projeto de vida de nossas novas gerações e os novos requisitos para exercício
da cidadania e o dinamismo do novo mundo do trabalho”, destacou o secretário de
educação básica, Mauro Rabelo.
NOVO ENSINO MÉDIO
O Novo Ensino Médio começa
a ser implementado nas escolas públicas e privadas do país a partir de 2022 e
deve ser completamente implantado até 2024. Entre as mudanças está a ampliação
do tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais.
Outra mudança, está na grade curricular, com foco nas áreas de conhecimento e
na formação técnica e profissional, de acordo com interesse do aluno. Assim, se
o estudante tem intenção de seguir carreira na área de engenharia, por exemplo,
poderá focar nas disciplinas de matemática e suas tecnologias. Já se a vocação
for para a área de saúde, poderá se dedicar às disciplinas de ciências da
natureza e suas tecnologias
RECURSOS
Desde 2018, o MEC já
repassou cerca de R$ 360 milhões a mais de 4 mil escolas de todo o país. Essas
unidades serviram de projeto piloto de implementação do Novo Ensino Médio.
Segundo o MEC, essa medida beneficiou 1,9 milhão de estudantes. “Esse programa
lança as bases para a tão esperada ponte entre o futuro dos nossos jovens e os
objetivos de desenvolvimento do nosso país. Nós estamos, de uma maneira
paralela à família, orientando os jovens em qual caminho ele deve escolher. E
aí nós vamos dar a eles essa opção de poder fazer as escolhas num tempo correto
da vida”, ressaltou o ministro Milton Ribeiro.
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