Nesta terça-feira (13 de
julho), o Dr Paolo Zanotto, professor da USP - Universidade de São Paulo, será
réu em um julgamento atípico idealizado por uma comissão no ICB - Instituto de
Ciências Biomédicas, da universidade.
O objetivo da comissão é
avaliar a conduta e possivelmente penalizar Zanotto por sua defesa das diversas
possibilidades de tratamentos para a COVID-19, como os cocktails que incluem
ivermectina e hidroxicloroquina, medicamentos baratos, genéricos e sem
patentes, que vem constantemente demonstrando eficácia contra a doença causada
pelo vírus Sars-Cov-2, como a recente Revisão Sistemática com meta-análise, o
mais alto nível de evidência científica, revisada por pares e publicada na
revista científica American Journal of Therapeutics, que demonstrou redução
significativa de mortalidade com a ivermectina.
Além de diversas
correspondências brasileiras para a universidade, a comunidade internacional de
cientistas de alto nível tem se mobilizado em defesa de Zanotto, como a carta
enviada pelo Dr David Wiseman, cientista de Dallas, EUA, e assinada por
diversos nomes importantes, com o professor Dr Harvey Risch, epidemiologista e
professor da universidade de Yale, que recentemente apresentou todas as
evidências científicas da hidroxicloroquina para combater a COVID-19, em um seminário
médico no Instituto Mediterranée Infection, um dos mais conceituados centros de
pesquisa da Europa.
Leia a carta inteira aqui.
Na carta, Wiseman faz
observações. “A oposição ao tratamento precoce utilizando, por exemplo,
hidroxicloroquina (HCQ) ou ivermectina (IVM) é largamente baseado em estudos
com falhas graves”, afirmou.
Na sequência, Wiseman
demonstrou falhas grosseiras no estudo da ivermectina feito na Colômbia, e
publicado na Journal of the American Medical Association. Este estudo já foi
alvo de escrutínio por mais de 100 cientistas, que apontaram seus erros e
enviaram uma carta para a redação do periódico científico.
Na carta, Wiseman pede pela não ideologização dos tratamentos. "A política partidária não tem qualquer papel na ciência do Covid-19. Esta carta não pretende servir de apoio ou oposição a qualquer partido político ou indivíduo no Brasil, ou noutro lugar", afirmou.
Assinada por 35 pessoas,
inclui mais pesos pesados da ciência mundial, como o professor Dr Hector
Carvallo, da Argentina, Dr Joseph Ladapo, professor de medicina da David Geffen
School of Medicine, da Universidade da Califórnia, Dr Russell Gonnering,
professor de medicina no Medical College of Wisconsin, Dr Paul E. Alexander,
especialista canadense em medicina baseada em evidências, além de alguns
cientistas brasileiros, como a Dra Claudia Paiva, professora de imunologia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Gustavo Carvalho, professor de medicina
na Universidade Federal de Pernambuco, e Dra Marina Bucar, brasileira radicada
na Espanha, professora de medicina na Universidad CEU San Pablo, em Madrid.
Segunda carta vem de um
professor da University of Texas, Rio Grande Valley
Leia a carta inteira aqui.
Encabeçada pelo professor
Dr. Eleftherios Gkiouleka, a carta comenta, além das evidências científicas,
sobre os ataques que o professor da USP tem sofrido. "Recomendo fortemente
que apoie a liberdade acadêmica de cientistas como o Dr. Paolo Zannoto, que o
apoiem, pois ele está atacado por interesses corporativos e políticos que não
têm o melhor interesses do povo brasileiro em mente", afirmou.
A carta de Gkiouleka é
também assinada pelo Dr Vladimir Zelenko, um dos autores de um estudo da
hidroxicloroquina que encontrou resultados significativos de eficácia, com um
cocktail que envolvia HCQ, azitromicina e zinco, revisado por pares e publicado
no periódico International Journal of Antimicrobial Agents.
Defesa cerceada
No julgamento que ocorrerá
as 9h00, o direito à defesa está sendo suprimido. "Acredito que esta
reunião só deva acontecer com a presença de advogados e que eles possam se
expressar", protestou Zanotto. Além disso, ele fez outra demanda para a
comissão: que a reunião seja aberta e transmitida ao vivo, já que não será
presencial, mas sim por videoconferência.
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