A Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) assinou hoje (1º) contrato de transferência de tecnologia com a
AstraZeneca para a produção de vacina contra a covid-19 totalmente fabricada no
país. O contrato formaliza processo já iniciado de compartilhamento de
inovações pela AstraZeneca em consórcio com a Universidade de Oxford com a
Fiocruz.
No ano passado, o
presidente Jair Bolsonaro autorizou um contrato preliminar de encomenda
tecnológica que fixou parâmetros para a aquisição de doses da vacina
Oxford/AstraZeneca e para a transferência de tecnologia à Fiocruz, que passou a
atuar como uma parceira no consórcio.
“Assinamos hoje contrato
de transferência de tecnologia (AstraZeneca/Fiocruz) para produção de vacina
contra Covid-19. Agora o Brasil entra no seleto grupo de 5 países na produção
dessa vacina. Parabéns aos ex-ministros
Pazuello e Ernesto Araújo pelas tratativas iniciadas em 2020” registrou o
presidente Bolsonaro.
O 1º lote de doses da
Oxford/AstraZeneca foi importado. Em seguida, a Fiocruz passou a fazer o envase
e finalização do processo a partir do recebimento dos ingredientes
farmacêuticos ativos (IFAs) vindos do exterior, no caso da China.
De acordo com a fundação,
a estrutura de fabricação já recebeu certificado de boas práticas da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A fase seguinte é o treinamento e
preparação do IFA a ser produzido no Brasil, o que deve ocorrer em junho.
Testes
Esses insumos elaborados
no Brasil passarão por testes junto a AstraZeneca para aferir se eles garantem
a qualidade, segurança e eficácia necessárias da fórmula original do
imunizante.
Em seguida, será preciso
submeter à documentação sobre o novo processo produtivo à Anvisa para que a
agência autorize a alteração no registro da vacina já obtido, que conta com as
informações dos IFAs fabricados no exterior.
A previsão da Fiocruz é
que a fabricação das primeiras vacinas totalmente nacionais ocorra a partir de
outubro.
Avanço da vacinação
Na cerimônia de
assinatura, realizada na sede do Ministério da Saúde, o titular da pasta,
Marcelo Queiroga, informou que até o momento foram entregues pela parceria
entre Fiocruz e Oxford/AstraZeneca 47 milhões de doses. Pelo contrato, seriam
disponibilizadas mais 50 milhões de doses.
“Com o avanço da
vacinação, demos início à vacinação dos professores. Diante da ameaça de novas
variantes, começamos a vacinação de portos e aeroportos. Com mais de 600
milhões de doses encomendadas, nosso objetivo é oferecer até o fim do ano
vacinação para toda a população do país”, disse Queiroga.
Conforme o painel de
vacinação do Ministério da Saúde, ainda estão previstas 20,9 milhões de doses
em junho, 36,9 milhões para o 3º trimestre e 110 milhões de doses para o 4º
trimestre do ano, totalizando 210,4 milhões de doses contratadas de diferentes
laboratórios.
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