Brasil e Panamá foram os únicos países da América Latina que reduziram pobreza durante a pandemia.


Vladimir Chaves



Estudos divulgados pela BBC de Londres, publicada na última quinta-feira, (20), revelaram que o Brasil foi o país da América Latina que mais diminuiu a pobreza e a extrema pobreza durante a pandemia do coronavírus.

De acordo com o estudo, a extrema pobreza no Brasil caiu de 5,5% para 1,4%, no período. Além do Brasil, apenas o Panamá mostrou redução da pobreza e extrema pobreza, que caiu de 6,6% para 6,4%.

Segundo a reportagem, o governo do Brasil foi o que mais destinou recursos para enfrentar a pandemia, em percentual do PIB. “A ajuda fiscal na América Latina variou substancialmente de um país para outro. Os dois extremos foram Brasil e México: enquanto o Brasil alocou cerca de 8% de seu PIB, o México mal gastou 0,7%”, diz a BBC.

Contudo, na América Latina como um todo, a pobreza e extrema pobreza dispararam durante a pandemia, chegando ao nível mais alto dos últimos 12 anos, afetando 33,7% da população, um em cada três latino americanos.

A pobreza extrema na região atingiu seu nível mais alto nas últimas duas décadas, afetando 12,5% da população, segundo projeções da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). “Uma estatística que talvez não diga muito, mas na prática é sinônimo de fome”, diz a reportagem.

Segundo a Cepal, os países da América Latina onde mais aumentou a extrema pobreza em 2020 foram o México, Honduras e Equador. No México o índice passou de 10,6% para 18,3%. Em Honduras de 20% para 26,1%, e no Equador de 7,6% para 12,8%.

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