O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, informou
que a Procuradoria Geral do Município deve recorrer contra
decisão do juiz Ruy Jander de Teixeira Rocha, da 3ª Vara da Fazenda Pública de
Campina Grande, determinando que a regulação dos leitos covid, na cidade, passe
a ser feita pelo Centro Estadual de Regulação Hospitalar. Bruno ainda acusou a
Secretaria de Saúde do Estado de montar uma "forca-tarefa" para, de
forma orquestrada, tentar colapsar o Hospital Pedro I e a rede municipal de
Saúde da cidade, por motivações políticas.
Acusações improcedentes
Até o momento, a
Secretaria de Saúde de Campina Grande faz a regulação no âmbito da 2ª
Macrorregião de Saúde do Estado. Ruy Jander acatou ação civil pública
ingressada pelo Governo da Paraíba. Bruno disse que estranha à decisão, pois os
próprios Ministérios Públicos Estadual e Federal não têm conhecimento de
nenhuma denúncia ou de problema na regulação e no gerenciamento da saúde, em
Campina Grande, sobretudo no âmbito do Hospital Pedro I, que é referência
regional no tratamento aos pacientes acometidos pela covid-19.
Segundo o prefeito, existe
tão somente a tentativa de se criar um problema, para incluir Campina Grande no
caos que o próprio governo estadual criou na Paraíba, por não ter ampliado a
oferta do número de leitos, não realizar trabalho preventivo e negligenciar
outras providências importantes para o necessário e eficaz combate à pandemia
do novo coronavírus.
Conforme relatou o
prefeito, o Pedro I nunca se negou a receber pacientes de Campina Grande e de
toda a Paraíba. "Sempre que solicitado, o hospital esteve e permanece de
portas abertas. Querem, com uma falsa narrativa, colapsar o complexo hospitalar
da cidade, sendo esta a real intenção do governo do Estado”, denunciou o
prefeito.
Falta de diálogo
Bruno Cunha Lima também se
queixou e questionou a falta de diálogo com o governador João Azevedo e com o
secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, lamentando a política discriminatória
adotada contra Campina Grande, pois nenhuma parceria ou destinação de verbas
tem sido feita em favor do governo municipal, quanto à compra de equipamentos e
de insumos para fazer frente à pandemia.
Contudo, mesmo com todas
as dificuldades e falta de apoio do governo do Estado, Bruno também revelou que
está acelerando parceira com o Exército, para criar uma extensão do Hospital de
Campanha (no Pedro I) e aumentar o número de leitos para atendimento de
pacientes com a covid-19.
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