O percentual de famílias
com dívidas, em atraso ou não, chegou a 66,6% em abril deste ano. Segundo a
Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje
(14) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC),
o patamar é recorde no levantamento iniciado em janeiro de 2010. Em março deste
ano, a taxa havia ficado em 66,2% e em abril de 2019, em 62,7%.
Essa foi a primeira Peic
realizada após o início da pandemia do coronavírus no país. A coleta da dados
ocorreu entre 20 de março e 5 de abril deste ano.
A maior parte das dívidas
continua sendo com cartão de crédito (77,6%). Em seguida, aparecem as dívidas
com carnês (17,5%) e com financiamento de veículos (10,2%).
De acordo com o presidente
da CNC, José Roberto Tadros, o aumento do endividamento é baseado na ampliação
do crédito, a fim de manter o poder de compra das famílias durante a pandemia
do novo coronavírus (covid-19). “A queda expressiva dos juros e da inflação
reduz, respectivamente, o custo do crédito e a pressão sobre a renda,
incentivando o endividamento.”
O nível de inadimplência,
que mostra as famílias com contas ou dívidas em atraso (não pagas no prazo
devido), manteve-se em 25,3%, assim como em março. Na comparação com abril do
ano passado, houve alta, já que naquele período a taxa de inadimplência era de
23,9%.
O percentual de famílias que
não terão condições de pagar suas dívidas caiu de 10,2% em março para 9,9% em
abril. Ainda assim, o percentual é superior a abril de 2019 (9,5%).
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