Os preços das indústrias
extrativas e de transformação aumentaram 0,70% em fevereiro, em comparação a
janeiro, quando a variação havia sido de 0,35%. As informações são do Índice de
Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje (27) pelo IBGE. Os principais fatores
que tiveram influência sobre o índice foram a valorização do dólar e a queda no
preço do barril de petróleo no mercado mundial.
O IPP mede a oscilação dos
preços dos produtos na “porta das fábricas”, sem impostos e frete, de 24
atividades das indústrias extrativas e de transformação. Em janeiro, 17 setores
haviam apresentado alta de preços, subindo para 20 em fevereiro.
“Isso de deve, em grande
parte, à depreciação de 4,7% do Real frente ao Dólar de janeiro para fevereiro.
Setores que são muito intensivos em vendas para o exterior, como couro (3,40%)
e fumo (2,38%), tiveram aumentos maiores de preços”, avalia o gerente da
pesquisa, Alexandre Brandão.
Dentre os segmentos com
maior peso no índice, como alimentos, derivados de petróleo, outros químicos,
metalurgia e veículos, todos, com exceção de derivados de petróleo, tiveram
aumento de preços. O maior impacto positivo veio de alimentos (0,37 p.p.), que,
em janeiro, tinha registrado queda de preços em 1,91%, mas, em fevereiro,
apresentou elevação de 1,60%.
Outras atividades que
tiveram altas expressivas e influenciaram na variação positiva do IPP foram as
de indústrias extrativas (5,51%), calçados e artigos de couro (3,40%) e
metalurgia (2,81%). Vale destacar que o setor de outros químicos, que engloba
adubos e fertilizantes, registrou taxa positiva (1,24%) depois de quatro meses
de variações negativas.
Por outro lado, a maior
influência negativa no índice veio do refino de petróleo e produtos de álcool,
que, com baixa de 6,34%, registrou a menor taxa desde julho de 2019, quando foi
de -7,24%. “Essa queda nos derivados de petróleo, segurou uma maior alta no
índice geral”, comenta Alexandre Brandão.
Já no acumulado do ano, a
variação dos preços da indústria foi de 1,05%. Na perspectiva desse indicador,
destacaram-se as indústrias extrativas (11,34%), a metalurgia (5,89%), o refino
de petróleo e produtos de álcool (-5,73%) e outros equipamentos de transporte
(4,18%).
E na comparação entre
fevereiro de 2020 e o mesmo mês de 2019, a variação de preços foi de 6,62%,
contra 6,36% em janeiro de 2020. As quatro maiores altas de preços ocorreram em
indústrias extrativas (26,76%), outros equipamentos de transporte (13,25%),
alimentos (11,45%) e farmacêutica (10,12%).
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