A Polícia Federal
investiga o esquema criminoso de candidaturas laranjas nas eleições 2018. Até o
momento, os principais indícios da investigação apontam que o DEM teria
abrigado a maior candidatura laranja do último pleito.
A candidatura em questão
foi registrada no Estado do Acre onde uma mulher, identificada como Sônia de
Fátima Silva Alves, concorreu ao cargo de deputada estadual e recebeu R$ 240
mil do Diretório Nacional do partido.
Segundo informações do
jornal Folha de S. Paulo, a candidata teria declarado contratações para
atividades de mobilização de rua, coordenadores de campanha, aluguel de
automóveis, confecção de material eleitora e outros.
No fim das contas, a
candidata somou seis votos na disputa. O relatório da PF aponta que a mulher
foi usada como candidata laranja para desvio de verbas. Segundo as autoridades,
o dinheiro desviado teria sido utilizado em benefício da campanha do deputado
federal Alan Rich do mesmo Estado. Ele também ocupa a presidência do Diretório
Estadual do DEM e é membro da Executiva Nacional da sigla.
Conforme divulgado com
exclusividade pelo jornal paulista, o delegado responsável pela condução das
investigações, Jacob Guilherme da Silveira, declarou em seu relatório que
“sendo Alan Rick o beneficiado direto com os gastos da campanha da candidata e
tendo ele, ao mesmo tempo, controle do comitê financeiro, que é quem responde
civil e criminalmente pelas irregularidades, parece sinalizar que, sem eximir
os demais membros do comitê de parte da responsabilidade, Alan Rick Miranda é
responsável pelas irregularidades identificadas”.
O relatório mostra ainda
que a candidata não teve, sequer, registro de votos na cidade de um de seus
supostos coordenadores de campanha. Além disso, foi apontado, ainda, que um de
seus supostos cabos eleitorais pediu voto para outro candidato nas redes sociais.
A Folha de S. Paulo
mostrou também que os policiais colheram depoimentos de ex-integrantes da
campanha do DEM no Estado do Acre. Eles confirmaram a participação da laranja
no pleito.
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