A Câmara dos Deputados
pode votar a partir de terça-feira (6), em segundo turno, a proposta de reforma
da Previdência (PEC 6/19). O texto aumenta o tempo para se aposentar, limita o
benefício à média de todos os salários, eleva as alíquotas de contribuição para
quem ganha acima do teto do INSS e estabelece regras de transição para os
atuais assalariados.
Da mesma forma que o
primeiro turno, a proposta precisa do voto de um mínimo de 308 deputados para
ser aprovada e então enviada ao Senado, onde também passará por dois turnos de
votação.
Nessa fase de tramitação,
os partidos podem apresentar apenas destaques supressivos, ou seja, para
excluir algum trecho do texto aprovado em primeiro turno.
Em relação ao texto
aprovado pela comissão especial, de autoria do deputado Samuel Moreira
(PSDB-SP), foram três as principais mudanças na primeira votação em Plenário.
Uma delas é a redução da idade exigida do professor de ensino infantil e básico
para se aposentar com pedágio de 100% do tempo de contribuição que faltar para
cumprir o requisito na data de publicação da futura emenda constitucional. A
idade passou de 55 anos se mulher e 58 anos se homem para 52 anos se mulher e
55 anos se homem.
Na regra de transição de
aposentadoria por idade, os deputados também diminuíram de 20 anos para 15 anos
o tempo mínimo de contribuição exigido para se aposentar pelo INSS.
Para a mulher, no cálculo
do salário pela média, ela receberá 60% do calculado por 15 anos de
contribuição e 2% a mais dessa média por cada ano que passar disso.
Com as mudanças, a
perspectiva de economia do governo passou de cerca de R$ 1 trilhão em dez anos
para cerca de R$ 900 milhões no mesmo período.
As sessões de votação da
reforma começam na terça-feira (6) à tarde. Até lá, deve ser cumprido o prazo
regimental de cinco sessões do Plenário entre as votações em primeiro e em
segundo turnos.
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