Comissão de
Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado Federal, realizou audiência
pública interativa para tratar sobre o atual estado do Projeto de Integração do
Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF),
com a participação do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto e do
presidente da Companhia Desenvolvimento Vale São Francisco (Codevasf).
As obras do eixo norte da
transposição do rio São Francisco estão 97% concluídas, e as águas deverão
chegar ao reservatório de Jati, no Ceará, no segundo semestre de 2019. Já o
eixo leste, que atenderá à região de Campina Grande, na Paraíba, e municípios
do agreste pernambucano, está 97,6% concluído, e também deve ser totalmente
finalizado.
O estágio atual das obras
do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) com as Bacias
Hidrográficas do Nordeste Setentrional foi apresentado pelo ministro do
Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.
O Pisf é uma obra
estruturante com potencial para solucionar a escassez de água nos estados de
Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, por meio da transferência
hídrica do rio São Francisco, cuja oferta de água é mais estável, para as
bacias receptoras. Com custo total orçado em cerca de R$ 20 bilhões, a
estimativa do governo é de que a obra beneficie mais de 12 milhões de pessoas.
Gustavo Canuto informou
que o ramal do Agreste pernambucano, iniciado em março de 2018, está com apenas
22% de obra realizada. O ministro explicou que o governo tem dificuldades em
prever os prazos, porque se trata de “uma engenharia complexa que depende de
cronogramas das empresas licitadas”. Ele garantiu, no entanto, que a execução
está em “ritmo acelerado”, salientando o benefício para 68 municípios do Sertão
e do Agreste de Pernambuco, porque a obra complementa o eixo leste do Pisf.
Canuto comemorou a
aprovação, pelo Congresso, do PLN 4/2019, que autoriza o Executivo a realizar
operação de crédito no valor total de R$ 248,9 bilhões, dos quais cerca de R$
500 milhões deverão ser destinados à suplementação orçamentária da
transposição. O ministro considerou a necessidade de bom senso na execução do
recurso, já que também precisa dar atenção a outros programas da pasta, mas
disse estar ciente de que a “água é uma questão essencial”.
— É uma vitória de todos
nós. Nossa preocupação principal era o crédito e, agora, ele está disponível –
sublinhou.
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