O MBL é a nova política
que se faz no Brasil ou a velha política com elixir da juventude?
No Brasil a piada já vem
pronta, o engano uma tradição. Aqui democracia não é democracia, partido
socialista se diz liberal, coronelista se diz socialista, e liberais são
tecnocracistas. Tudo pode ser modificado de acordo com os interesses de cada
grupo, inclusive da união de tudo isso em torno de um Centrão. É uma salada
complexa de se entender e muita gente desiste até de pesquisar o ''fenômeno''.
Mas a questão aqui é o
MBL. O MBL não é uma novidade e longe de ser, usa este impulso juvenil para
ganhar os olhares da mídia e dos desavisados brasileiros. Quando o MBL começou
com aquela marcha pelo asfalto em direção a Brasília, minha conclusão foi:
Estão desesperados para entrar no estamento da velha política. Não demorou
muito para surgir rumores de que o Movimento Brasil Livre na realidade é uma
turma que representa a velha política que luta para manutenção da política
escravista do pobre brasileiro em benefício da sobrevivência do estabelecimento
corrupto e devorador do crescimento do Brasil.
O MBL (Movimento Brasil
Livre) que foi criado em 2014 para ''combater a corrupção'' e lutar pelo impeachment
da presidente Dilma Rousseff (PT), recebeu apoio financeiro, como impressão de
panfletos e uso de carros de som, de partidos políticos como o PMDB e o
Solidariedade.
O líder do MBL naquela
ocasião Renan Santos, não somente admitiu que recebia dinheiro do PMDB, como
está gravado em áudio. Isto ocasionou inclusive a saída de um dos importantes
membros. No dia 12 de junho de 2016, Bráulio Fazolo deixou uma mensagem pública
na página do MBL no Facebook informando sua decisão de sair do grupo. O motivo
era o apoio do MBL ao PMDB em troca de ajuda financeira e o uso do movimento
como ferramenta de autopromoção por parte de alguns integrantes:
“Estou saindo da
coordenação do Movimento Brasil Livre Espírito Santo representado aqui na
figura de sua coordenadora geral Raquel Gerde pelos seguintes fatos: Após a sua
confirmação pessoal de filiação ao PMDB e pela sua postura pessoal que vem
defendendo de forma aberta escancarada esse partido, usando a mim e as pessoas
do movimento para auto promoção política, não compactuo com corrupção e não
defendo corrupto, defender o PMDB que é um partido tão corrupto quanto o PT é
fazer associação criminosa”, escreveu.
Junto ao texto, ele anexou
um áudio da coordenadora geral do MBL/ES, no qual ela confirma a filiação ao
PMDB e diz que eles, do MBL, têm que “bater” nos corruptos e deixar o PMDB em
paz.
Ao longo de sua existência
o MBL deixou bem claro pautas como a favor da liberalização das drogas,
casamento gay, a favor do aborto, e livre mercado sem responsabilidade. O MBL
acusa o governo de não dialogar, de querer concentrar poder em si, mas o que
seria dialogar? Dialogar para velha política seria os conchaves, acordos $$$.
Nesta prática o MBL entende, e bem. É a velha política com o elixir da
juventude. Mais do mesmo!
Na semana passada, o
Deputado Federal (DEM) Kim Kataguiri se reuniu com o vice-presidente Mourão e
as suspeitas de que estão formando uma coalizão para enfraquecer o governo,
cresceram no meio dos apoiadores de Bolsonaro. Além disso um membro do MBL foi
flagrado afirmando que deseja a renúncia ou o suicídio do então presidente do
Brasil.
O membro e apresentador do
MBL Eric Balbinus afirma explicitamente que, ''para ser coerente, o Presidente
teria apenas duas alternativas: renunciar ou cometer suicídio''.
Não estou fazendo uma
defesa em pró do Bolsonaro fazendo críticas ao MBL. Nunca confie nos Menudos
liberais! Tenho minhas críticas ao governo, mas é impossível não enxergar o que
está nas sombras. Os Menudos (MBL) que se revelam com uma mistura de libertários,
liberais e socialistas - representam mais uma vertente da esquerda progressista
e festiva. Tem nada de direita! Na realidade o 'Movimento Brasil Livre' se
assemelha a tipos como 'Caras Pintadas' da era de Collor que fez surgir
políticos como Lindbergh Farias. Os dois movimentos nascem de impeachment. Será
uma coincidência? Aguardando os próximos capítulos de: Não se reprima...não se
reprima...não se reprima...rs
Por Heuring Motta
Colunista do Instituto
John Owen
Teólogo e Logoterapeuta
educacional.
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