Usinas de energia solar no curso dos canais da transposição podem gerar mais de 100 mil empregos.


Vladimir Chaves


A previsão do custo operacional da transposição do Rio São Francisco, é de aproximadamente R$ 600 milhões anuais. Estudos divulgados em 2018, pelo antigo Ministério da Integração Nacional em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), apontaram como alternativa para redução dos custos o uso de energias renováveis. O consumo de energia corresponde a 80% dos gastos, da ordem de R$ 40 milhões por mês.

Com a utilização da energia solar os custos do bombeamento d’água não só deixariam de serem rateados entre os quatros estados envolvidos, como geraria na fase de implantação mais de 100  mil empregos.

Segundo os estudos, as placas fotovoltaicas seriam colocadas sobre o espelho d'água dos canais que somam mais de 270 quilômetros.

Vantagens são apontadas nos estudos;

Redução da evaporação, já que os painéis solares bloqueariam parte da radiação solar, e a diminuição de algas, ajudando também na redução dos custos de manutenção e o aumento da vida útil dos equipamentos.

Ainda de acordo com os estudos divulgados em 2018, as placas nos canais que cortam Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará teriam capacidade para produzir mais de 3 GW, superior à hidrelétrica de Xingó.

Com o aproveitamento do curso dos canais, não será necessário gastos com desapropriações, terraplanagem ou transmissão, tornando a instalação das usinas solares mais rápida e barata. Também haverá a ausência de riscos ambientais, litígios fundiários e presença de sítios minerais e arqueológicos.

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