O ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sergio Moro, se reunirá com governadores e secretários de
segurança pública, nesta segunda-feira (4), para apresentar e debater o Projeto
de Lei Anticrime. "É um projeto simples, mas robusto, com medidas bastante
objetivas. É um projeto que interessa a todo o Brasil e a toda sociedade",
defendeu o ministro. O texto será enviado ao Congresso Nacional nos próximos
dias.
Norteado pelo combate à
corrupção, ao crime organizado e aos crimes violentos, a proposta é uma das
metas prioritárias dos primeiros 100 dias de governo. "O crime organizado
alimenta a corrupção, que alimenta o crime violento. Boa parte dos homicídios
estão relacionados à disputa por tráfico de drogas ou dívida de drogas. Por outro
lado, a corrupção esvazia os recursos públicos que são necessários para
implementar políticas públicas efetivas", sustentou.
Moro destacou o potencial
destrutivo da corrupção no país, que envolve empresários em esquemas de
pagamentos de propina e extorsão que encarecem contratos, serviços e
fornecimento de mercadorias. “A corrupção acaba tendo uma espécie de imposto
obscuro”, apontou. Nos últimos anos, o Brasil registrou queda acentuada em
ranking mundial da corrupção, passando da 46ª posição, em 2001, para a 96ª, em
2017, segundo levantamento da ONG Transparência Internacional.
Além de medidas para
aplacar a corrupção e melhorar a segurança pública, ele ressaltou que as
medidas que serão anunciadas também beneficiarão o ambiente de negócios e,
consequentemente, o desenvolvimento do Brasil. "As pessoas querem investir
seu capital em locais seguros. As empresas [estrangeiras] muitas vezes trazem
aqui os seus dirigentes. Um ambiente de violência pode haver relutância em
fazer esse tipo de investimento”.
O ministro enfatizou que
acima de todas as questões, o projeto tem como principal intuito melhorar a
qualidade de vida dos brasileiros. “O ambiente de negócios é um fator, mas
principalmente pensar no cidadão brasileiro”, defendeu.
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