Brasil, Estados Unidos e
México despontam como líderes na produção de energia eólica nas Américas, segundo
dados recentes do Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council
– GWEC, na sigla em inglês).
Como um todo, as Américas
do Norte, Sul e Central responderam por 25% do total da capacidade instalada
global dessa energia em 2018.
Sediado em Bruxelas, na
Bélgica, o GWEC é um órgão que representa o setor de energia eólica global,
reunindo mais de 1,5 mil empresas e organizações em mais de 80 países,
incluindo fabricantes, institutos de pesquisa, associações nacionais de energia
eólica, fornecedoras de energia, empresas financeiras e seguradoras.
No Brasil
Líder em energia eólica na
América do Sul, o Brasil adicionou 2 GW de capacidade eólica à sua matriz
energética em 2018 e leiloou capacidade desse tipo de energia a preços
competitivos em nível global de U$ 20 por MWh, segundo o GWEC.
A informação é confirmada
pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério das
Minas e Energia, Reive Barros. Segundo ele, o Brasil tem hoje capacidade
instalada de produção de energia eólica de 14,7 GW. “Isso representa, na matriz
energética brasileira, cerca de 8% do total. A meta é que daqui a 10 anos este
percentual suba para 13%.”
O secretário disse que a
Região Nordeste responde por 85% da produção de energia eólica brasileira, com
destaques para os estados do Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia, nesta ordem.
“Num prazo mais longo, contudo, a Bahia deverá assumir a liderança, por suas
dimensões territoriais e potencialidades.”
Para este ano, Barros diz
que estão previstos dois leilões para implantar parques eólicos no país. Um no
primeiro semestre, a ser implantado em quatro anos, e outro no segundo
semestre, com prazo de implantação de seis anos. “Nossa meta para a energia
eólica no Brasil é crescer 2,2% ao ano.”
Américas
Os dados mais recentes
divulgados pelo GWEC mostram que em 2018 a capacidade instalada de energia
eólica das três Américas foi de 11,9 GW – aumento de 12% em relação a 2017. Na
América do Norte (Canadá e EUA), houve aumento de 10,8% na capacidade adicionada
em relação a 2017. Já na América Latina, a adição de capacidades cresceu 18,7%
em relação a 2017.
Segundo o GWEC, na América
Latina, o compromisso com leilões serviu para impulsionar o desenvolvimento do
setor. A expectativa é que a região continue a crescer na área eólica em 2019,
com expansão maior da cadeia de suprimentos.
“O desenvolvimento do
mercado de energia eólica na América Latina se mostra bastante positivo. O
Brasil realizou novamente leilões de grande escala e esperamos que o primeiro
leilão na Colômbia ocorra este mês de fevereiro. Outros investimentos na cadeia
de suprimentos por parte das principais fabricantes de equipamentos originais
na Argentina comprovam o potencial do mercado no longo prazo”, disse Ben
Backwell, diretor do GWEC.
Por causa de sua forte
característica ecológica, a geração de energia eólica contribui de forma
significativa para ajudar os países a cumprirem com suas metas previstas em
acordos internacionais sobre o clima. O crescimento desse tipo de energia é
parte fundamental da solução para reduzir emissões de gases, fortalecer a
segurança energética, reduzir custos e aumentar o investimento em economias
locais.
De acordo com Karin
Ohlenforst, diretora de Inteligência de Mercado do GWEC, “o crescimento da
energia eólica na América do Sul, em particular, comprova como essa fonte
energética é competitiva nos mercados de leilão".
Fonte: Noticias R7
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