Fase 56 da Lava Jato
cumpre, na manhã desta sexta-feira (23), 68 mandados de busca e apreensão; 14
de prisão temporária e 8 de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Operação foi batizada de “sem fundos.
O Petros, Fundo Petrobras
de Seguridade Social, investiu na execução da obra para alugar o prédio à
empresa estatal por 30 anos. Acontece que, segundo a PF, graças ao
superfaturamento dos contratos, as empreiteiras desviavam recursos e pagavam
propinas milionárias.
Segundo a PF, a construção
da sede da Petrobras na Bahia, assim como contratos de gerenciamento da
construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia foram
superfaturados e direcionados para viabilizar o pagamento de propina a funcionários
da estatal.
Segundo MPF, construtoras
superfaturavam os contratos da obra e tiravam dali os recursos p/ propina.
"Isso implicou estrondoso aumento do valor do empreendimento, que passou
de R$ 1,3 bilhão", diz MPF. Ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato
Duque, foi beneficiário do esquema
O prédio foi construído
por OAS e Odebrecht. O MPF identificou 2 esquemas simultâneos de pagamentos de
propinas, que duraram até 2016, quando a Lava Jato já estava em andamento: OAS
acertou propinas de 7% a 9% do total do contrato e Odebrecht fixou os repasses
em 7%.
A propina desviada chegou
a quase 10% do valor total da obra. Foram desviados, segundo o MPF, cerca de R$
68 milhões. Entre os beneficiários: funcionários da Petrobras e da Petros e o
PT (por meio do ex-tesoureiro, João Vaccari Neto).
Foi apurado na 56ª fase que
OAS e ODEBRECHT pagaram a dirigentes da Petrobras, da Petrus e ao PT propinas
no valor de, ao menos, R$ 68.295.866,00.
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