BOLSONARO E OS COVARDES


Vladimir Chaves


Só pessoas totalmente lesadas das faculdades mentais não entendem que a segurança vem antes da economia. Isso inclui toda a classe política brasileira, com exceção do Bolsonaro. Eis por que vou votar nele e aos outros não darei sequer um minuto de atenção.

Quanto mais dinheiro você ganha, mais complicada se torna a sua vida econômica e mais você precisa de ajuda profissional para administrá-la. Aí você começa a achar tudo isso a coisa mais importante do universo. Mas até um mendigo precisa de proteção contra o crime.

Pensem o que bem desejem do Jair Bolsonaro, mas contestem, se puderam, as seguintes afirmações:

1 – Ele é um dos RARÍSSIMOS políticos que jamais se envolveram em qualquer esquema de corrupção.

2 – Ele é o ÚNICO presidenciável que dá mais ênfase à segurança pública do que à economia, isto é, o único que tem senso das proporções no julgamento das urgências nacionais.

3 – Ele é o ÚNICO presidenciável que jamais cortejou a elite esquerdista hegemônica, muito menos a mídia.

4 – Ele é o ÚNICO presidenciável que não modera o seu discurso pelos cânones da etiqueta esquerdista.

Provem que algum outro candidato tem essas qualidades, e talvez eu o considere um concorrente à altura do Bolsonaro.

Nenhum político, empresário ou figurão qualquer que empregue seguranças armados tem o direito de ser desarmamentista. Isso não deve ser nem matéria de discussão.

Façam uma lista de figurões desarmamentistas que têm seguranças armados, e os denunciem dia e noite, para que sejam vaiados onde quer que apareçam. Isso sim é importante.

Desarmamentismo é genocídio.

Conteste isto racionalmente, se puder: Não estou alinhado a direita nenhuma, mas não mudei em nada a minha convicção de que, num país saudável, devem existir uma esquerda e uma direita, ambas com o direito a uma quota igual de radicalismo. Se a esquerda tem o direito de fazer a apologia do Che Guevara, do Mao Dzedong e do Nicolas Maduro, por que alguém deve ser proibido de dizer umas palavrinhas em favor do Coronel Ustra, que perto deles é um menino-passarinho? Direitista que quer ver a direita submetida às regras da guerra assimétrica é um comunista disfarçado ou, na mais branda das hipóteses, um idiota desprezível, um escravo mental da hegemonia esquerdista.

Quem denuncia “falsas direitas” se autonomeia fiscal da ortodoxia direitista. Vejo nisso dois problemas: (1) Essa ortodoxia não existe. (2) Esse é o último emprego que eu desejaria no mundo.

O direitista incapaz de entender o que está realmente em jogo, pronto a submeter-se portanto às regras da guerra assimétrica, não é um “falso direitista”. É simplesmente um bobo.

Se alguém foi torturado numa repartição chefiada pelo Coronel Ustra, este é obviamente responsável, na justiça civil, pelo ressarcimento dos danos sofridos, mas isso não equivale nem de longe a uma condenação na Justiça Penal por CRIME DE TORTURA. Chamá-lo de torturador é CRIME DE CALÚNIA — e ele foi muito bobo de não processar, um por um, os que cometeram esse crime, que a hegemonia esquerdista acabou legitimando como prática normal e até meritória. Todo direitista que caia nessa armadilha e saia repetindo que o Bolsonaro “elogiou um torturador” é um escravo mental da esquerda, um idiota útil em toda a linha.

Pior ainda: os que receberam a indenização eram membros do PC do B, o partido maoísta, apologistas portanto do MAIOR TORTURADOR E GENOCIDA DE TODOS OS TEMPOS.

Mesmo considerando que o Bolsonaro é incomparavalmente mais culto do que o Lula (ninguém chega a capitão sem ter cursado escola militar), admitamos a premissa vulgar de que ele não tem cultura. Segue-se inevitavelmente a pergunta: Se a esquerda tem o direito de elegar um presidente inculto e ainda considerar isso um mérito, por que a direita não pode fazer o mesmo? Negá-lo é submeter-se à guerra assimétrica.

O Laudo Paroni tem razão: Com tantos comunistas barbaramente torturados na ditadura, como é que não apareceu até agora um único olho furado, um único dedo cortado, uma unha faltante, uma sequela qualquer nem mesmo de ordem neurológica, uma porra de uma cicatrizinha de merda?

Possuir armas não é só uma questão de necessidade, mas de dignidade. Quem se recusa a ter armas transfere a outros o dever de matar e morrer para defendê-lo. Nem velhinhas frágeis têm o direito de pensar assim, quanto mais homens adultos e fortes.

A coisa que dá a idéia mais aproximada do que significa “imensurável” é o ódio que os covardes têm aos corajosos. A presença de um homem de coragem obriga os outros a agir como se fossem corajosos também. O covarde jamais perdoará esse crime. Homem que é homem não fica suplicando por um macho fardado que o proteja. Quem confia a proteção da sua família integralmente ao Estado não merece ter família. Não sei qual dos dois é pior: o Estado que deixa o cidadão desprotegido ou o que o impede de proteger-se. Mas o Estado brasileiro faz as duas coisas.

Texto: Olavo de Carvalho.

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