Tentando salvar a “pele” Temer libera R$ 1,5 bilhão em emendas, PMDB e PSDB ficam com a maior fatia.


Vladimir Chaves

A liberação de verbas por meio de emendas parlamentares quase triplicou no primeiro semestre deste ano. Dos R$ 1,5 bilhão liberados, o PMDB foi o mais beneficiado com R$ 256,2 milhões. Já o PSDB, que ameaça sair da base do governo, está logo atrás com R$ 216,7 milhões em emendas liberadas. Juntos, os partidos representam quase um terço do total liberado pelo governo.

Logo atrás do PSDB está o PP, também da base aliada do governo. A agremiação recebeu R$ 151,5 milhões em verbas. No topo da “generosidade” do governo federal para com o Congresso Nacional ainda estão o PR e o PSD, para os quais foram liberados R$ 120,7 milhões e R$ 102,7 milhões, respectivamente.

Mesmo “adoçada” com a tradicional liberação de emendas, a base do governo não garante o apoio de todos os parlamentares das agremiações para barrar a acusação por corrupção passiva encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da União (PGR). Para que o processo não tenha continuidade e seja enterrado antes mesmo da análise do STF, Temer precisa garantir 172 votos.

Alguns deputados da base já anteciparam que irão votar pela admissibilidade do processo e o caso do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB), que postou nas redes sociais: Votarei pela autorização do julgamento pelo STF. Vivemos um momento histórico. Uma chance de mudança. Não se pode barrar uma investigação como essa. O momento é de deixar claro que ninguém está acima da lei. Votarei SIM.

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