Levantamento da Revista
Congresso em Foco, mostra que pelo menos seis em cada dez senadores são alvo de
inquéritos, ações penais ou recursos de condenação em tramitação no Supremo
Tribunal Federal (STF). Dentro desse universo, todos os representantes
titulares de seis estados brasileiros no Senado estão às voltas com
procedimentos criminais em andamento no Supremo. Acre, Alagoas, Amazonas, Minas
Gerais, Rondônia têm todos os três senadores em exercício respondendo a
procedimentos criminais.
Pelo menos 48 os senadores
com procedimentos abertos no STF, dos quais 34 estão sob investigação na
Operação Lava Jato. Trata-se de um recorde. Nunca foi tão grande o número de
senadores formalmente colocados sob suspeita de terem praticado crimes. No
último levantamento realizado, em abril deste ano, eram 42 os senadores
investigados, o que já era um recorde na ocasião.
O Supremo é o único foro
competente para julgar crimes cometidos por senadores e deputados federais. O
número de senadores investigados pode ser ainda maior, uma vez que o STF mantém
alguns inquéritos ocultos. Nesse caso, o procedimento sequer aparece no banco
de dados disponível no portal do tribunal, que serve de base para a produção do
levantamento.
Outra curiosidade é que,
das unidades da federação, somente o Distrito Federal e Mato Grosso do Sul não
têm nenhum senador acusado ou suspeito de envolvimento em práticas criminosas.
Os mais encrencados
Entre os senadores mais
encrencados está Ivo Cassol (PP-RO), o primeiro senador da história da
República condenado à prisão – a sentença definitiva saiu há quatro anos, em
agosto de 2013. O Supremo lhe impôs uma pena de quase cinco anos de prisão por
fraude contra a Lei de Licitações (Lei 9.666/1993), mas Cassol não só continua
em liberdade como está em pleno exercício do mandato, participando de algumas
das principais decisões do país. Ele é o presidente da poderosa Comissão de
Agricultura do Senado.
Essa lista é encabeçada
por Renan Calheiros (PMDB-AL), com 12 inquéritos e uma ação penal; seguindo-se
Valdir Raupp (PMDB-RO), com sete inquéritos e quatro ações penais, e Aécio
Neves (PSDB-MG), com nove inquéritos, o que faz dele um recordista de
investigações decorrentes da Operação Lava Jato.
Com informações do site
Congresso em Foco.
0 comentários:
Postar um comentário