Após quatro anos seguidos
de prejuízos, os Correios – origem do escândalo do Mensalão – pretendem fechar
250 agências próprias em grandes centros urbanos por todo o Brasil para cortar
custos – cerca de 60 já foram extintas. A estatal teve prejuízo em torno de R$
2 bilhões em 2015 e outro prejuízo de R$ 2 bilhões em 2016. Atualmente, a
empresa conta com 6.511 agências próprias por todo o país.
A estatal também ampliará
a rede de agências franqueadas, hoje pouco mais de mil, e planeja criar a
figura de microempreendedor postal, uma pequena empresa que assumiria os
serviços postais em localidades menores. A ideia é economizar os custos de
manutenção, aluguel dos imóveis e funcionários. As agências franqueadas são
privadas, selecionadas por meio de uma oferta pública e remuneradas com um
percentual das receitas dos serviços, oferecendo praticamente todos os serviços
postais das agências próprias.
Outros dois pontos que
gerarão cortes de custos são o plano de demissão voluntária (PDV) e a revisão
da política de universalização dos serviços postais, que obriga a estatal a
estar presente em todos os municípios. O PDV teve adesão de 3 mil funcionários
e a expectativa é que mais 2 mil empregados participem, gerando uma economia
anual de até R$ 800 milhões. Além disso, a empresa promoveu cortes de funções e
cargos comissionados, o que gerou uma economia de cerca de 20% na folha de
pagamento.
O prejuízo de R$ 2 bilhões
em 2016 teve forte impacto do rombo de R$ 1,8 bilhão do Postal Saúde, plano de
assistência médica dos funcionários que não cobra mensalidade. A estatal
pretende reformular o plano nos próximos meses.
Estadão
0 comentários:
Postar um comentário