Quem vai viajar no
carnaval sabe que os custos para sair de casa nesse período não são baixos.
Também não é baixo o valor empregado para que os parlamentares possam “curtir a
folia”. Conforme levantamento da Contas Abertas, os custos com o feriadão de carnaval
podem atingir mais de R$ 300 milhões.
O Congresso Nacional custa
diariamente R$ 27,8 milhões para os cofres públicos. O montante representa
cerca de R$ 1,2 milhão em despesas por hora para a realização das atividades.
Se considerarmos que as
Casas vão ficar praticamente paradas entre sexta-feira (24) e a próxima segunda
(6), 11 dias, o custo do recesso de carnaval é de R$ 305,8 milhões. Se for
contabilizado somente o período de sexta (24) a quarta-feira de cinzas (1), o
custo do recesso de Carnaval seria de R$ 166,8 milhões.
Cabe ressaltar que para o
trabalhador comum o recesso dura apenas de sábado até o meio-dia da
quarta-feira de cinzas, caso não trabalhe com assuntos relativos às
festividades ou até mesmo não tenha como emendar a segunda-feira, já que o feriado
mesmo é na terça-feira.
O valor pode ser ainda
maior, já que muitos deputados e senadores anteciparam o feriado de Carnaval e
deixaram Brasília na quarta-feira (22), dia que costuma ser o mais movimentado
da semana. No meio da tarde, os corredores e os plenários da Câmara e do Senado
já estavam praticamente desertos.
Na manhã da quarta-feira,
os senadores aprovaram a indicação de Alexandre de Moraes para a vaga de
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). No fim da tarde, somente 4 dos 81
senadores estavam em plenário. Na Câmara, a única comissão que funcionou foi a
da Reforma da Previdência, que realizou uma audiência pública acompanhada por
alguns deputados.
De acordo com o portal G1,
o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), e o da minoria, José Guimarães
(PT-CE), estavam entre os que retornaram aos seus estados na quarta. Sobre o
fato de a Câmara ficar parada vários dias, Guimarães disse que o calendário de
votações dependia do presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Ele fechou esse
calendário com o aval dos líderes partidários”, explicou.
No período sem atividades
do Carnaval, a direção do Senado vai aproveitar para fazer uma pequena reforma
no plenário da Casa – reparos no forro e em poltronas. Após a folga de Carnaval,
os senadores vão votar o projeto que cria uma nova etapa do programa de
repatriação de recursos mantidos ilegalmente no exterior. Na Câmara, ainda não
há previsão de pauta.
A assessoria do Senado
Federal se limitou a dizer ao Contas Abertas que hoje (27) e a quarta-feira de
cinzas (1) são pontos facultativos para os parlamentares e servidores da Casa.
Apenas a terça-feira de carnaval é considerada efetivamente feriado. A Câmara
dos Deputados ressaltou que os funcionários devem voltar ao trabalho após o meio-dia
da quarta-feira de cinzas, mas essa é a agenda institucional e não política.
Contas Abertas
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