Citado na delação de
Cláudio Melo Filho como um dos parlamentares que teria recebido recursos
indevidos da Odebrecht, o ex-deputado Inaldo Leitão recorreu às redes sociais
para se defender não só da acusação, mas do jocoso codinome recebido no
documento: “Todo Feio”. Leitão chama o delator de “ex-amigo” e “canalha” e
disse que, se tivesse que escolher um codinome para Filho, ficaria em dúvida
entre “Todo Horroroso" ou “Mentiroso”. No título do texto, uma reação ao
codinome maldoso: “Todo Feio, eu?”.
Na delação, o ex-diretor da Odebrecht afirma que Leitão recebeu R$ 100 mil e estaria na lista de parlamentares que recebiam contribuições financeiras da empresa, em troca de apoio aos pleitos da companhia no Congresso. Filho diz que os recursos foram pedidos por Leitão em 2010 em favor de uma campanha eleitoral. Segundo ele, tinha “uma relação pessoal com o parlamentar”.
No Facebook, Leitão afirma
que nunca teve relação de negócio com a Odebrecht e que não atuou em interesse
da empresa. Ele ainda questiona a delação por ter apontado pagamento de
propina, sem qualquer indicação de contrapartida efetiva.
Confira a postagem de
Inaldo no Facebook:
'TODO FEIO', EU?
O ex-amigo e atual canalha
Claudio Melo afirmou, na sua delação, que eu recebi 100 mil da Odebrecht na
campanha de 2006. Como esse fato já faz 10 anos, não lembro exatamente o valor
recebido, mas sei que foi em caráter oficial.
E que fique claro: o
delator confessa que me fez a doação por eu ter um cunhado trabalhando na
empresa e por amizade pessoal, MAS SEM QUALQUER CONTRAPARTIDA.
Nunca tive relação de
negócio com a Odebrecht, jamais fiz qualquer pagamento à empresa nos cargos que
exerci e tampouco apresentei projeto de lei ou relatei proposição do seu
interesse, direto ou indireto, na Câmara dos Deputados. Isso inclui qualquer
outra empresa.
O delator afirma que os
personagens delatados retribuíram a doação recebida por diversos meios e
formas. MENOS EU.
Moro em Brasília desde
2007 pagando aluguel. Em 40 anos de atividade profissional (advogado,
procurador do Estado e professor da UFCG), fui também Secretário de Estado por
três vezes, Delegado do Mec, Deputado Estadual, Presidente da Assembleia
Legislativa, Deputado Federal por duas legislaturas e o único patrimônio
imobiliário que tenho é um apartamento em João Pessoa (bem de família).
Ou seja, nunca me utilizei
da carreira pública para acumular patrimônio ilegalmente. Nesse quesito,
ocorreu o contrário: só perdi. E não me arrependo, pois jamais tive como
objetivo de vida a riqueza.
Outra coisa que não gostei
nessa delação do canalha Claudio Melo foi codinome de "Todo Feio".
rsrsrsrsrs Não é bem assim, né? Se fosse escolher um codinome para esse
delator, ficaria em dúvida entre Todo Horroroso ou O Mentiroso.
P. S. Ora, ora, ora...
Acabei de ter acesso ao
texto da delação do canalha Claudio Melo. Diz ele: "Durante a campanha de
2010, recebi um pedido do Ex-Deputado Inaldo Leitão para que reforçasse junto
ao Pacífico, DS das regiões norte e nordeste e amigo pessoal de Inaldo, a
solicitação que ele havia feito a Pacífico de contribuição financeira. Reforcei
o pedido junto a Pacífico até porque tenho tenho uma relação com o parlamentar
e o mesmo tinha capacidade demonstrada de ser um futuro líder na Câmara, já
tendo sido membro da CCJ. Ressalto, ainda, que este ex-Deputado tem relações
antigas na empresa, além de familiares."
Detalhe: NÃO FUI CANDIDATO
EM 2010!!!
Outro: como esse sujeito
pode dizer que eu vou ser líder de uma bancada que ainda não existe e só será
conhecida depois da eleição?
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