Enquanto os chefes
desfilam em suas caminhonetas Hilux, os pobres e inocentes úteis que acreditam
estarem defendendo a "democracia de todos", desfilam sem animo e com
um aspecto de famintos debaixo de uma chuva torrencial pelas ruas de Campina
Grande. Ao final do desfile das bandeiras vermelhas, os chefes seguirão para os
melhores restaurantes da cidade, onde tomarão seu uísque acompanhado de um
apetitoso churrasco, momento de avaliar a manifestação. Já os inocentes úteis
irão procurar um abrigo qualquer para comer suas quentinhas, outros, que tenham
algum trocado, irão apreciar uma aguardente triunfo ou Pitú, acompanhado de alguma
fruta, e a todo instante, repetirão o que seus chefes os fizeram acreditar, de
peito estufado, cansados gritarão; "não vai ter golpe".
Não sabem os pobres
coitados que o golpe contra eles já foi dado há bastante tempo. O golpe dos que
prometeram a Reforma Agrária, mas que passado 13 anos, continua como promessa,
o golpe da promessa da transposição das águas do Rio São Francisco, o golpe da
promessa de uma educação gratuita e de qualidade que nunca chegou, o golpe da
promessa de uma saúde publica de qualidade e universal que eles nunca tiveram, o
golpe contra todos que acreditaram que finalmente teriam seus direitos constitucionais
respeitados, mas que passado 13 anos, continuam sem direito a saúde, educação,
moradia, segurança, lazer, emprego... Sem o direito a vida que os seus chefes
levam.
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