Representantes da Comissão
Externa da Câmara de Deputados Federais destinada a acompanhar as ações de
combate ao Zika Vírus e a Microcefalia visitaram a cidade de Campina Grande na
tarde de ontem (1). Os deputados federais estiveram no Hospital Municipal Pedro
I conhecendo o Ambulatório Especializado no acompanhamento aos bebês com a
Síndrome Congênita do Zika e as gestantes que apresentam o vírus.
Os parlamentares
conheceram o serviço de fisioterapia dos bebês e conversaram com profissionais
e mães dos bebês. Eles escutaram as experiências da unidade e ouviram das
mulheres os depoimentos sobre o atendimento que elas recebem.
O presidente da comissão,
o deputado Osmar Terra, disse que Campina Grande apresenta uma ótima estrutura
para enfrentar o problema de saúde que estamos vivenciando. “Campina Grande é a
cidade que está fazendo as coisas avançarem porque realiza as pesquisas
referentes a este novo problema e dá tratamento adequado para bebês e mães”,
disse.
O prefeito de Campina
Grande, Romero Rodrigues, esclareceu que o serviço montado pela prefeitura
atende pacientes até de outros estados. “A nossa determinação é não fechar as
portas a ninguém. Estamos atendendo atualmente 51 bebês e apenas 13 são de
Campina Grande. A cada momento o número de crianças e mães atendidas aumenta e
o nosso objetivo é tornar este lugar em uma referência mundial. Desde o primeiro
momento estamos trabalhando com seriedade com o assunto”, explicou.
O representante da Paraíba
na comissão, deputado Wilson Filho, informou que a equipe vai pleitear no
Congresso mais investimentos no Centro de Referência que se tornou o Pedro I.
“Vamos buscar mais recursos, investimentos para comprar mais máquinas e
equipamentos e para ampliar este serviço que vem sendo oferecido. Aqui, além da
estrutura, vemos muito empenho de toda a equipe envolvida”, frisou.
Osmar Terra garantiu a
diretoria do Hospital que vai apresentar um projeto na Câmara a fim de expandir
os serviços oferecidos pelo Ambulatório. “Aqui nós vimos o ambiente perfeito
para isto. Quero que seja construído um grande centro no Pedro I com pesquisa,
acompanhamento, realização de exames e creche para que essas mães deixem seus
filhos pela manhã, possam trabalhar e buscá-los à noite depois de passar um dia
inteiro de tratamento e acompanhamento psicológico e educacional. A ideia é que
esta seja a referência para todo o Brasil neste assunto”, disse.
A Prefeitura Municipal de
Campina Grande, em parceria com a UniFacisa, já disponibilizou espaço e
estrutura para a instalação do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim
Neto – Ipesq. A comissão também visitou as salas do Ipesq no Pedro I, instituto
que tem recebido apoio da Prefeitura para desenvolver pesquisas referentes à
Zika e à Síndrome Congênita do Zika.
A doutora Adriana Melo,
que estabeleceu a relação dos casos de danos cerebrais nas crianças com o
vírus, explicou aos deputados os trabalhos que vêm sendo realizados e os
desafios a ser contornados. “Duas grandes novidades vão possibilitar que o
atendimento e as pesquisas evoluam. O Pedro I recebeu uma nova maquina de
ultrassonografia e vai receber um equipamento de exames de sangue para detectar
a zika. Estamos avançando”, disse.
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