Gadelha defende voto secreto e afirma que impeachment não é Golpe de Estado


Vladimir Chaves

O deputado Federal Marcondes Gadelha (PSC) utilizou a tribuna da Câmara dos Deputados para defender que o sistema de voto secreto utilizado no plenário da Casa durante votação na última terça, na eleição da chapa de composição da Comissão Especial que vai analisar o pedido de impeachment, tem legitimidade e evita a coação.

“Não há o que se objetar em relação à votação de ontem. O voto secreto é uma conquista democrática e um sinal de avanço da civilização. É a forma que a ciência política encontrou de resguardar o livre arbítrio”, explica Marcondes.

O parlamentar também explicou que não se pode confundir o processo de impeachment com Golpe de Estado e afirma que não foi escrito na constituição de qualquer forma, mas sim, votado em Assembleia Nacional Constituinte e referendado pela nação, enquanto o Golpe é a derrubada ilegal do governante.

“O impeachment se exercita de uma forma sequenciada, com diversas etapas realizadas à luz do dia e com a participação da opinião pública e da imprensa, onde o presidente da República tem amplo direito de defesa e se obedece ao devido processo legal. De modo que não há que se confundir e tentar de alguma forma questionar o brilhante resultado que a nação brasileira obteve nesta terça na Câmara dos Deputados”, assegura Gadelha.


Na última terça-feira a Câmara dos Deputados elegeu, por 272 votos a 199, a chapa alternativa integrada por deputados de oposição e dissidentes da base aliada para a Comissão que analisará o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

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