As obras de transposição
do Rio São Francisco, iniciadas ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e
prometidas para 2012, devem ser concluídas apenas em 2017. As informações são
de reportagem publicada pelo jornal O Globo no domingo (7). O texto relata
ainda que deve ocorrer mais um ‘reajuste’ no custo do projeto, orçado em R$ 8,2
bilhões.
“Estamos chegando no limite. A população não aguenta mais esperar”, declarou o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB). O parlamentar destacou que o adiamento atual é apenas mais um na série de atrasos: o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, já reconhecera que o prazo de 2012 era inviável, e havia prometido o término das obras para 2016.
A reportagem de O Globo
cita que há trechos em que as obras estão parcialmente construídas mas os
canais não podem receber água – e, por isso, há rachaduras nas estruturas. O
desemprego também atinge a região. O Sindicato dos Trabalhadores da Construção
Pesada do Ceará (Sintepav-CE), segundo o texto, diz que 2,2 mil empregados de
obras da transposição foram demitidos nos últimos meses.
“Os estados do Nordeste
não têm água. Apenas na Paraíba há 197 decretos de urgência. E é isso que
precisaríamos saber desse governo: qual é a urgência que ele atribui a uma obra
desse porte”, disse Cunha Lima.
“Vamos continuar cobrando”
O deputado afirmou que os atrasos na transposição do São Francisco refletem a “falta de planejamento” com a qual o governo federal conduz as obras públicas. “É um governo que não tem capacidade de gerir, e joga as contas de sua competência aos trabalhadores”, declarou.
Cunha Lima disse que,
apesar dos atrasos, a população da região Nordeste ainda conta com as conclusão
das obras. E destacou que os parlamentares da oposição continuarão cobrando o
término do projeto.
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