Custa acreditar, mas os
fatos levam a crer que os motivos para o fechamento do setor pediátrico do
Hospital da FAP, são vergonhosos e desumanos. Em outubro do ano passado a
direção da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), ameaçou fechar a unidade pediátrica
do hospital, alegando dificuldades financeiras para manter em funcionamento os
22 leitos e aproximadamente 900 consultas mês.
Segundo
informações; o hospital alegava que não tinha como arcar com as despesas de R$
49 mil\mês, para manter em funcionamento os leitos e as consultas. De imediato
a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande, entrou em contato com a
instituição dispondo-se a arcar com os custos. Agora, inexplicavelmente a
direção ameaça fechar a unidade pediátrica alegando que não tem condições de
preencher as escalas de atendimento, por falta de médicos pediatras (dois
pediatra por plantão: um para realizar atendimentos e internações e outro na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e na sala de parto)
No
entanto na sessão ordinária de hoje (19), da Câmara Municipal de Campina Grande
os vereadores Olímpio Oliveira (PMDB) e Antônio Alves Pimentel, voltaram a
tratar do problema, com revelações que põe em xeque os argumentos da direção do
hospital para o fechamento do setor pediátrico.
De
acordo com o vereador Pimentel Filho, um dos médicos do Hospital da FAP, o
procurou para denunciar que a intenção da direção do hospital é fechar o setor pediátrico
para abrir um espaço oncológico, o que segundo ele não faz sentido já que os
custos para manutenção de um setor oncológico são infinitamente maiores que o
da pediatria, o que põe por terra os argumentos da direção que alega
dificuldades financeiras.
“É preciso tratar esse assunto com muita isenção e essa Casa vai fazer, nós queremos saber da verdade disso tudo, nós queremos saber o que realmente está acontecendo” disse o vereador Pimentel.
Já o vereador Olímpio Oliveira (PMDB), defensor intransigente da manutenção do setor pediátrico do hospital, revelou que conversou com alguns membros do Conselho Administrativo da FAP, e esses alegaram que votaram favoráveis ao fechamento da unidade pediátrica, porque foram induzidos ao erro, já que foi dito na reunião que o hospital não tinha saída, ou fechava a pediatria, ou o hospital teria que ser fechado.
O vereador Olímpio
Oliveira, acredita que a direção do hospital esteja visando apenas o lucro e
desprezando o prejuízo que o fechamento da pediatria pode causar as famílias,
em especial as mais carentes.
“Nós sabemos da prioridade do Hospital da FAP, que é priorizar o leito oncológico que paga muito mais que o leito pediátrico, mas nós entendemos que em questão de saúde pública não se pode visar apenas o lucro” desabafou Olímpio.
O Conselho Administrativo é formado por 12 pessoas representando diversos setores da sociedade civil organizada, algumas completamente desconhecidas da cidade e que chama atenção dada relação saúde e a instituição com direito a voto no conselho, como o representante do setor de publicidade e marketing. Até o fechamento dessa matéria o blog não conseguiu os nomes dos representantes das instituições que formam o Conselho Administrativo da FAP.
Confira as instituições que compõe o colegiado:
Governo do Estado da
Paraíba, Prefeitura de Campina Grande, Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep),
Sociedade Rural de Campina Grande, Associação Comercial de Campina Grande, Diocese,
Conferencia dos Religiosos dos Brasil, a Província do Santo Antônio do Brasil da
Ordem dos Frades Menores, UFCG, UEPB, Meios de Comunicação do Estado da Paraíba,
Empresariado da Construção Civil, um representante da comunidade civil, um
representante do Poder Judiciário e um representante o setor de publicidade e
marketing.
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