A Câmara Municipal de
Campina Grande realizou na manhã de hoje (14), Tribuna Livre com representantes
dos professores da rede estadual de ensino da Paraíba.
Na oportunidade a professora Vânia Núbia, da Escola Dom. Luiz Gonzaga Fernandes, proferiu um emocionante depoimento retratando o caos em se encontra as escolas pública e o desprezo com que o governador Ricardo Coutinho (PSB), tem tratado as reivindicações dos profissionais da educação.
Segundo a professora, as
estruturas físicas da maioria das escolas estão em estado deplorável, mais a
falta de segurança e a defasagem salarial da categoria.
Citando como exemplo a
escola que leciona, a professora denunciou que a instituição tem sido alvo
constante de bandidos, que professores já foram ameaçados de morte dentro da
escola, que o laboratório de informática encontra-se com 20 computadores
parados por falta de um técnico, que o sistema de robótica entregue durante a
campanha eleitoral encontra-se ainda dentro dos caixotes.
A indignação maior dos mestres é em relação ao descumprimento do reajuste concedido pelo Ministério da Educação, que foi de 13,1%, no entanto o Governo do Estado da Paraíba ofereceu apenas 4,5% e mesmo assim recusa-se a dialogar com a categoria.
“Tenho 22 anos de sala de
aula, nunca imaginei passar pela humilhação que passo hoje, 4,5% de aumento,
meu aumento foi de R$ 59 reais, eu sou uma profissional que estudou durante 20
anos e que hoje está sendo desmoralizada” desabafou a professora Vânia Núbia.
Emocionada a professora apelou aos vereadores da Câmara Municipal, para intercedam em favor da categoria que segundo ela, além de não terem seus direitos respeitados, estão sendo perseguidas.
“Nossa greve não é de vagabundos, não somos irresponsáveis como insinuou o governador, por favor, eu imploro pelo apoio de vocês, temos uma comissão que está a três semanas tentando sem sucesso uma audiência com o governador, peço aos que são amigos dele que nos ajudem” apelou.
Dados:
A Paraíba possui 21 mil
professores – 16 mil do quadro efetivo e 5 mil são prestadores de serviços com
salários em torno de R$ 1.000,00.
Com a greve 400 mil alunos encontram-se fora das salas de aula.
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