ESTUPRO: Gaievski ex-assessor da Presidência sofre nova condenação.


Vladimir Chaves

O ex-prefeito de Realeza, Eduardo André Gaievski, que também foi assessor da Casa Civil na época em que Gleisi Hoffmann (PT) era titular da pasta, foi condenado pela quinta vez por estupro de vulnerável. A sentença de 12 anos, 10 meses e sete dias foi proferida pelo juiz Luiz Fernando Montini, da comarca de Realeza. Desta vez, o caso é de uma vítima que teria sido abusada quatro vezes pelo ex-prefeito que oferecia vantagens e cargos públicos para familiares de menores de 14 anos com quem ele mantinha relações sexuais.

Montini é o quarto magistrado que condena Gaievski pelas mesmas práticas de crime. Juntas, as cinco sentenças contra o ex-prefeito já somam 66 anos e cinco meses de reclusão. Gaievski está preso na Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), em Barracão, no Sudoeste do Paraná. A Apac é uma espécie de presídio sem carcereiros onde os presos frequentam cursos e praticam atividades variadas. Eles têm ainda assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica prestadas pela comunidade.

Natalício Farias, advogado das vítimas, disse que a nova sentença publicada na edição desta quinta-feira (5) do Diário de Justiça, derruba de vez a retórica usada por Gaievski de que as denúncias contra ele eram motivadas por questões políticas. “A justiça está sendo feita, apesar de que é difícil reparar o que as vítimas sofreram. Restou claro que os crimes ocorreram”, afirma.

O advogado do réu, Samir Mattar Assad, disse que ainda não foi notificado da nova condenação e que, assim como nas demais, pretende recorrer. O Ministério Público também recorreu de algumas condenações por considerar as penas baixas. Assad afirmou que resta apenas um interrogatório em Realeza e que acredita ser possível reverter a condenação em instâncias superiores.

Gaievski está preso desde 2013 e chegou a ficar foragido durante uma semana após ter sua prisão decretada. Ele foi preso em Foz do Iguaçu, no Oeste, onde estava escondido na casa de parentes. Ainda restam mais três casos para ser julgados, segundo o advogado das vítimas.

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