Com futuro incerto e
dentro de ambientes financeiros inóspitos, com a torneira do crédito fechada
nos bancos e com constantes avalanches em valor de mercado, as empresas da Lava
Jato ainda podem contar com contratos vigentes celebrados com a União
(Executivo, Legislativo e Judiciário). Só em janeiro deste ano, as empresas já
receberam, juntas, R$ 163,4 milhões.
Mesmo se futuramente forem
julgadas inidôneas e não mais serem permitidas a disputar qualquer processo
licitatório de obras e serviços públicos, os contratos celebrados quando ainda
eram idôneas devem ser honrados.
Assim, a Queiroz Galvão
continua sendo grande prestadora de serviços para o governo: ela já recebeu R$
91,8 milhões só no primeiro mês do ano. É o maior montante recebido entre todas
as investigadas pela operação. O Ministério da Integração Nacional é o
responsável do pagamento da maior parcela. A Pasta pagou R$ 81,9 milhões à
empreiteira para que faça a integração do Rio São Francisco com as Bacias dos
Rios Jaguaribe, Piranhas-Açu e Apodi.
Em segundo lugar do
ranking das empreiteiras da Lava Jato que mais receberam recursos públicos, R$
39,5 milhões foram pagos à Norberto Odebrecht neste início de ano. Todo o valor
foi investido pelo Comando da Marinha: a empreiteira deve implantar estaleiro e
base naval para construção e manutenção de submarinos convencionais e
nucleares.
Em seguida, a Mendes
Junior, que já recebeu R$ 15,4 milhões da União. A maior parte do valor, R$
10,1 milhões, foi pago pelo Ministério da Integração Nacional a fim de
implementar o perímetro de irrigação Tabuleiros Litonâneos de Parnaíba, com
cerca de seis hectares no Piauí.
Contas Abertas
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